Capítulo 11

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JANE COLLALTO

- Grávida, Jane? - pergunta novamente - É isso mesmo?

- Sim, Vicenzo. Estou grávida. - abro minha bolsa, tirando o teste de gravidez de dentro dela e entregando à ele.

Estamos no avião, em direção à Sicília. Daqui algumas horas começará o baile, não podíamos nos atrasar ainda mais, então decidimos ter essa conversa no jatinho. Viemos para o quarto de casal do jatinho, enquanto minha prima lê um de seus milhares de livros no hall do lugar. Mas pela cara que meu marido está fazendo, certamente teremos que chamar uma enfermeira.

- Vicenzo? Está me ouvindo?

- Claro, estou. - abre um sorriso - Estou contente que teremos um filho, Jane. Isso é uma supresa, mas uma alegria imensa.

- É bom ouvir isso, eu já estava louca pensando sobre isso. - mordo o meu lábio inferior - Nunca imaginei estar nessa situação algum dia, casada e grávida. Isso era como uma praga na minha vida.

- Sua vida mudou radicalmente, não se cobre tanto. Eu mesmo estou surpreso, mas feliz e confiante que saberemos ser bons pais. - ele dá um passo à frente, segurando meu rosto com ambas as mãos - Que tal informamos ainda hoje? Seria uma notícia e tanto.

- Gostei da sua ideia. Toda a associazione estará presente.

- Fico feliz. - ele se afasta, me deixando com uma péssima sensação de abandono por falta de sua pele na minha. – Melhor voltarmos, sua prima não entenderá nosso sumisso.

— Realmente – engulo seco, desejando que ele não reconheça a falha em minha voz.

Após mais algumas horas cansativas de voo, finamente pousamos na tão amada Sicília. Aqui não estava tão frio quanto Veneza, o que me deixou bem mais confortável com o vestido de gala. Um enjoo passou em minha garganta, quando entrei no carro e o motorista estava com cheiro forte de naruto. Por alguns segundos desejei matá-lo por me trazer esse enjoo, mas logo abaixei o vidro e permiti o ar circular.

Chegamos à mansão Savóia, com toda certeza essa a única vez ao ano que abrirmos o condomínio para mundanos, mafiosos e empresários. O local estava lotado, carros esportivos e luxuosos por todo lugar. Seguranças particulares, babás, acompanhantes de luxo estavam lá também. Mas quando o nosso carro entrou no condomínio, os paparazzi's e jornalistas que estavam na entrada correram até nosso carro.

Nao demorou muito para os seguranças da minha família tirarem eles de cima do nosso caro, permitindo nossa passagem até a entrada da mansão principal. Assim que estacionamos, o segurança abriu a porta de Giordana e deu espaço para que ela saísse. Vicenzo fez o mesmo comigo, estendendo sua mão pra mim e me ajudando a sair. Como uma boa esposa troféu, seguro em seu braço e permito que ele nos guie até a entrada.

— Jane, meu bem. – tia Analese abre os braços ao meu vê, ali eu me agarrei sem me importar com quem estivesse olhando.

— Oh, tia. Estava com saudades!

— Igualmente, minha menina. – me olha sorridente – Entre, a família está lhe esperando.

— Só faltava eu?

— Não, Armando ainda não chegou. – suspira – Aquele menino me vem trazendo sérios problemas. – ela move até uma mulher morena, que exibe um sorriso sedutor até um dos homem de família nobre da máfia.

— E quem é essa? – questiono, avaliando ainda mais a mulher. Ela é alta, pele bronzeada, cabelos negros e lisos. – Bonita.

— Catarina Morft. – ergo as sobrancelhas ao ouvir esse nome – Os pais morreram alguns anos em um misterioso acidente de avião. A menina se tornou modelo da Victória Secret em menos de dois meses após à morte dos pais.

— Interessante. Ela está causando problemas, tia? – pergunto, olhando novamente para a mulher de lábios marcados em um vinho à minha frente. Tia Analese é uma mulher linda, de personalidade forte e determinada. – Posso acabar com isso em poucos minutos. É só me avisar.

— Lembrarei disso, filha. – passa a mão em meu braço – Melhor nos juntarmos aos outros, não acha?

— Claro.

Voltamos até onde nossa família estava, no caminho acabei encontrando Vicenzo conversando com seu irmão, acabei o convidando para se ajuntar à nós. Cristian é muito fechado, um homem formado e bem bonito, tenho certeza que logo teremos uma boa amizade. Quando chegamos à nossa área reservada, encontramos a família toda a nossa espera.

— Jane! É bom vê-la. – Harper sorri, ainda sentada pela sua enorme barriga no final da gestação. – Queria poder me levantar e abraçá-la, mas como vê, estou em uma situação precária.

— Não ligue para isso. – me curvo, abraçando a mesma que estava sentada na proltrona – E como está esse garotão?

— Cada dia mais quieto, o que é bem estranho. O médico me deixou ciente que isso aconteceria no terceiro trimestre, o espaço está pequeno e ele é bem grande. – Harper alisa à barriga coberta pelo vestido azul cristal – Fora isso, estou ótima. E você?

— Na medida do possível. – olho de relance para Vicenzo, que me encara de volta avaliando-me por completo. – Tenho uma boa novidade.

— Então conte, amo novidades boas.

— Estou esperando um bebê. – digo sorridente, fazendo o sorriso de Harper se fechar aos poucos.

— O que disse? – pergunta, abrindo um sorriso ainda maior do que o outro. – Perdão, acho que ouvi errado. Poderia repetir por favor?

— É isso mesmo que ouvimos, Jane? – Bea questiona, se aproximando devagar de onde estou – Está grávida?

— Exatamente. – Vicenzo respondeu, se aproximando de mim e passando o braço pelo meu ombro – Estamos esperando nosso ou nossa primogênito.

Os minutos seguintes foram de pura celebração, todos nos parabenizaram, os pais do meu marido apareceram e não deixaram de demonstrar o quanto estavam felizes. Tia Analese chorou com a notícia, o que me deixou ainda mais conte por tudo. Mas para a alegria durar pouco, Armando chegou acompanhado pela senhorita Morft, o que deixou todos tensos. Nada irá tirar minha alegria de estar formando minha família, mesmo que seja de forma rápida, ainda sim, é a minha família.

A Inglesa - Nova Era 1 - ContoWhere stories live. Discover now