A Inglesa - Nova Era 1 - Conto

Capítulo 8

JANE COLLALTO

Após a última roupa ser colocada no meu closet, dou alguns passos para trás, observando se tudo está em eu devido lugar. Odiaria ter um closet todo desarrumado, mesmo que as empregadas diariamente arrumavam pra mim, eu mesma gostava de deixar organizado.

— Agora sim. – abro um leve sorriso, observando todas as roupas em seu devido lugar.

Olho o horário, vejo que já passou das duas da manhã e eu ainda estou aqui. Já tomei meu banho, coloquei um vestido de setim verde escuro, usando um robby da mesma cor. Fecho a porta do closet, saindo de dentro do mesmo e me aproximando da enorme cama de casal que têm no meu quarto. Nem me importei de mudar algo de lugar, já que não pretendo ficar muito tempo nesse lugar.

Com sorte, se eu tiver um filho logo, posso dar o herdeiro que a Máfia tanto deseja e me vejo livre desse pesadelo. Vicenzo por sua vez, poderá me deixar morar em outra casa e não precisar viver sob seu teto pra sempre. Sei que não poderei me divorciar, mas não morando no mesmo teto que ele já é um bônus muito bom pra mim.

Me retiro do quarto, após estar devidamente arrumada para dormir, caminho pelos extensos corredores de cor branca e portas pretas altas. O gosto de Vicenzo é simples, mas bem refinado, utilizando cores neutras em pontos estratégicos. Paro diante à porta que me interessa, já que nela está grudada o símbolo da arma com sangue, identificando a máfia italiana.

Dou duas batidas, pelo horário certamente a casa toda já deve estar adormecida, mas quanto antes resolvermos essa questão, menos problemas teremos. Ergo minha mão para bater novamente, mas a porta é aberta e o semblante confuso de Vicenzo me deixa instigada pela sua beleza.

— Jane? – me chama, confuso – Pensei que estivesse dormindo. O que faz aqui?

— Precisamos consumar esse casamento, Vicenzo. – respondo, rápida – Como sabe, mais rápido tivermos um filho, mais rápido saíram do nosso pé.

— Entendo – me olha confuso – Casamos não tem nem um dia direito, pra quê tanta pressa? Podemos esperar, não acha?

— Af. – suspiro, rolando meus olhos e colocando minhas mãos para trás do corpo – Não quero perder tempo. Como eu disso, quanto mais rápido, melhor.

— Algo me diz que a senhora está querendo deitar-se muito comigo. – ele zomba.

— Melhor calar-se, não estou para brincadeiras com o senhor. – dou um passo à frente – Ademais, se eu estivesse querendo transar com o senhor, já teria feito à tempos.

— Você é tão controversa, esposa.

— E o senhor é um idiota completo. – rabato, erguendo meu rosto, já que meu marido é bem mais alto. – Posso entrar?

Vicenzo me olha de cima à baixo, reavaliando minha proposta. Sei que nenhum de nós dois queria apressar essa etapa, mas infelizmente é mais necessário do que imaginamos. Preciso gerar um herdeiro, dar-lhe para a máfia e me vê livre de uma vez por todas.

— Fique à vontade.

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VICENZO COLLALTO

Observo Jane entrar de forma cautelosa em meu quarto, observando tudo em volta como se não garantisse sua própria segurança aqui dentro. Ela usa um robby verde escuro que se destaca em sua pele clara, os cabelos loiros soltos em poucas andulações nas pontas mais claras. Os olhos esverdeados e mais escuros da família passam por todo meu quarto, até pousar em mim, que uso apenas um short de dormir azul marinho.