Capítulo 16

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JANE COLLALTO

— Jane! – corro até minha tia, que me agarra em seus braços. Aqui é meu lar, após minha mãe Ava partir, minha tia Analese passou a ser meu alicerce.

— Estava com saudades, minha tia.

— Também estava, se não fosse por Harper, eu teria ido passar alguns dias la. – responde, quando já estávamos separadas.

— O que aconteceu com Harper?

— Ela está com contrações de treinamento, dá cada susto em nós. – abre um sorriso gracioso – Mas me diga, como está esse bebê?

— Muito bem. – respondo, quando nos sentamos nas cadeiras do jardim – Chegou o resultado do exame, estou grávida de um menino!

— Que notícia boa, meu amor! Fico feliz por vocês, tenho certeza que Vicenzo está muito contente. – alisa minha barriga, abrindo outro sorriso.

— Ele ficou muito feliz, principalmente pelo nome escolhido ter sido o favorito dele. – dessa vez sou eu há abrir um sorriso, ao lembrar da reação do meu marido.

— Percebo que vocês estão se dando bem. – fico seria no mesmo instante, percebendo o olhar curioso da minha tia sob mim.

— Estamos casados, com um filho há caminho. Infelizmente não posso viver em um pé de guerra com ele, mas eu gostaria porque..

— Ele é insuportável, chato, lhe irrita e você não consegue mais conviver? – ela tira as palavras da minha boca, me deixando muda e confusa. – Eu conheço você, meu bem.

— Mas tudo isso é verdade, tia.

— Tem certeza? Ou você lhe obriga à acreditar que é verdade? – pergunta, me deixando ainda mais confusa. – Veja bem, Jane. Você sempre foi uma mulher confiante, que aprendeu à se cuidar sozinha. Todos dessa associazione sabe da sua repudia em se casar.

— Realmente..

— Por isso.. – me corta, em um sinal claro para eu me calar e ouvir. – Você não aceitou que tiraram esse poder de autoridade, você tinha a faca e o queijo já mão, mas acabaram com isso. Infelizmente você decidiu lidar com isso colocando defeitos no seu relacionamento, que em vista, não têm culpa.

— Eu entendo que ele não têm culpa, Vicenzo é tão vítima quanto eu nessa história. Mas a pessoa dele.. urgh! – passo a mão pelo cabelo, demonstrando minha irritabilidade – Me irrita, me tira totalmente do sério!

— Claro! Porque você mesma não aceita o que sente por ele. – abro a boca para a responder, mas não consigo, como se não pudesse negar. – Você mais que ninguém sabe que é verdade, a forma que você demonstrar se importa ao mesmo tempo demonstra desinteresse.

— Essa é a realidade de um casal que não se ama, não é?

— Pelo contrário, isso monstra o quanto seu coração ama aquele homem. Mas a sua mente nega isso até o fim, porque você não aceita da forma que foram apresentados. – diz de maneira convincente – Pare de negar esse amor, minha filha. Infelizmente não estaremos aqui pra sempre, então não perca à chance de ser feliz.

— Então.. – engulo o incômodo em meu peito – ...como eu faço isso? Amá-lo..

— Você já o ama, minha linda. Apenas não percebeu isso, mas acalme-se, apenas dê uma oportunidade à vocês dois. Garanto que tudo irá fluir de forma natural.

— Deixar fluir? – questiono à mim mesma – Só isso? Fluir.

— Exatamente! E quando você menos perceber, já estará entregue à ele. Mas entenda, o amor é lindo, mas não é fácil.

— Nada é fácil, tia. Disso eu entendo bastante.

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