A Inglesa - Nova Era 1 - Conto

Capítulo 4

JANE SAVÓIA.

— Nossos convidados! – Ivan abre um sorriso, quando desco ao lado de Mathias sendo escoltada por quatro soldados.

A família está reunida, Gizdomo está aqui com sua esposa e filhas. Irina Ferrari também está presente, sentada no meio de sua mãe e tia. Todos estão com seu olhar em nós, como se fossemos a atração principal dessa maldita noite. Nós aproximamos com cuidado, fomos colocados à frente de todos e sozinhos na parte esquerda na mesa.

— Jane e Mathias Savóia. – Gizdomo fala, como se fossemos meros insetos à mesa.

— A adotada? – a antiga primeira-dama pergunta, escondendo seu sorriso arrogante atrás da taça de vinho. – Lhe mandaram pra que mesmo? Não temos interesse em adotá-la também.

— Ao certo não precisamos de cobras na família. – uma das filhas de Gizdomo fala, atraindo minha atenção para si. Ela é loira, com olhos castanhos como o da mãe e exibe um sorriso debochado.

— Tenho certeza que só vocês já bastam, não é? – pergunto sorridente, percebendo que Isadora gostou da minha resposta, algo me diz que existe uma desunião nessa família.

— Guarde sua língua maldita, italiana. – Ivan fala, enquanto sua esposa desmancha o sorriso ao ouvir a resposta do marido. – Ainda está em meu território.

— Pare de enrolar, russo. – Mathias fala, atraindo atenção de uma das moças pra si – Continue fingindo que não sabe, que só estamos aqui ainda é porque assim queremos. Não vi dificuldades em matá-los e ir embora.

— E por que ainda não fez? – Ivan pergunta, curioso.

— Porque queremos fazer isso da forma certa. – respondo por Mathias – Se viemos até aqui, é sinônimo que não queremos guerra. Mas cazzo, se eu ouvir mais uma gracinha de alguma dessas mulheres, não responderei por mim.

— Está nos ameaçando, adotada? – a menina volta a me cutucar.

— Cale-se, Mellany. – Gizdomo manda, fazendo que menina abaixar a cabeça envergonhada.

— Vamos até meu escritório – Ivan propõe, eu e Mathias concordamos. Quando eu ia me levantar também, Gizdomo levanta sua mão na minha direção, impedindo que eu me levantasse. – Somente os homens.

— Mas.. – tento falar.

— Fique aqui, eu resolvo isso. – Mathias sussura pra mim.

— Cazzo – reclamo – Não demore.

Ele concorda, se afastando ao lado dos homens. Sei que Mathias pode muito bem cuidar deles, caso seja ameaçado de alguma forma. As mulheres decidiram comer a sobremesa na sala de espera, assim fizemos, nos sentando em proltonas e conversando coisas fúteis. Irina não se encaixa nessa família, ela de mantém distante das tias e sempre calada.

— Aquele homem é belíssimo – ouço Mellany dizer à sua irmã, que sorri tímida. – Não é, Kira?

— Realmente – sua irmã responde. – Será que já têm alguma pretendente?

— Certamente papai irá me prometer à ele. – sussura para sua irmã, fazendo o sorriso dela murchar aos poucos. – me levanto, querendo me afastar dessas meninas.

— Já vai, italiana? – Olga, a antiga primeira-dama, questiona.

— Não mova sua miserável língua para falar comigo – respondo – Posso não estar em meu território, mas ainda sim, consigo acabar com você.

— Está me ameaçando? – se põe de pé – Sabe quem eu sou?!

— Uma mulher fútil, achando que me amdrontarei por um título que nem seu é mais. – olho para Isadora – Essa sim é uma primeira-dama de respeito, já você, não passa de uma vibora em corpo de mulher.