EM ANDAMENTO
Como pode ser alguém esnobe, egocentrismo, narcisista e possessivo? Esse é James Baizin.
Lindo como um deus, exalava luxúria como o diabo. Mesmo sendo frio, era atrante. Mesmo sendo esnobe, era atrante. Mulheres de todos os cantos se at...
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Você não sabe quanto as coisas estão perfeitas até que você estrague tudo.
Eu não conseguia ver a perfeição que o meu relacionamento estava. Na minha cabeça, a qualquer momento a Veneza perceberia que pode encontrar alguém melhor do que eu e com isso me largaria.
Na tentativa de evitar um problema futuro, trouxe uma catástrofe para o nosso relacionamento, causando nossa ruína.
Sou um fracasso.
Meu antigo eu teria vergonha do meu estado, sofrendo como um condenado. Sonhando com uma mulher que não quer me vê nem pintado de ouro, e chorando com um arrependimento doloroso.
Desde sua partida, eu não ousei sair desse quarto. Partida essa que já faz uma semana, porém parece que estou apodrecendo nesse quarto a muito mais tempo. Não saí do quarto na esperança de que ela voltasse, nem que seja para buscar suas coisas, mas isso nunca aconteceu então não vi motivos para enfrentar o mundo e ser digno de pena.
Pelo menos aqui me faz recordar de tudo de bom que vivemos, mas me faz lembrar da briga também. O que só piora a dor em meu peito.
Estava ali afundado em pensamento enquanto olhava suas roupas no cabideiro, até ouvi a porta do quarto ser aberta. Não havia esperança, eu sábia que não era ela. A única pessoa que entrava era Eronia, me alimentava e tentava me convencer a sair. Sempre sem sucesso.
Ouvi passos de salto caminhando até o closet. Meu iludido coração começou a bater feito louco, em um piscar de olhos eu já estava correndo desespero para o quarto. Um arfar descepcionado saiu dos meus lábios. Era só Beatrice.
Quando me viu arregalou os olhos e colocou a mão na boca. Será que eu estava tão ruim assim?
- Meu menino...
Assim que terminou de pronunciou as palavras ela me puxou para um abraço. Eu nunca fui carinhoso com ela, nem mesmo criança mas agora eu senti a necessidade de chorar no colo da mãe.
- Eu estraguei tudo, mãe... - falei entre as lágrimas, com o rosto enterrado em seu pescoço.
- Errou, mas foi tentando acertar. Então agora você terá que correr atrás do prejuízo. - fungou no topo da minha cabeça. - Que cheiro de charuto.
- Eu fumei. - ela me afastou, olhando de uma forma repreensiva. - Não sei o que fazer. Não sei por onde começar... - puxei ela para outro abraço apertado.
- Pelo início, vá vê-la em seu apartamento.
Neguei com a cabeça. - Ela não está lá. Ela foi para o país dela, está na casa dos pais.
- Como você sabe?
Me afastei sentando na cama. - Recebo um relatório a noite com fotos dela. - Beatrice me olhou alarmada. - Eu sei, é obsessivo.
