Senhor Baizen

Prólogo

Três anos atrás

- Senhor Baizin está virado no capeta hoje. - disse carla, minha parceira do RH. - Ele quer os documentos da nova secretária! - suspira. - Pelo visto ela não é boa de cama e ele resolvel substituí. - olhou pra mim, que até então, continuava quieta, apenas fazendo o meu trabalho. - Você vai! Estou cansada, ele me fez subir lá três vezes só em uma hora. Então você vai. Já compri minha cota com o cão.

Ela me entregou os documentos que eram para ser entreges e me desejou boa sorte. Em dois meses que eu trabalhava na Magic Home, eu nunca havia visto o chefe. Pois era a primeira a entrar e a ultima a sair. Tudo isso por quê eu precisava do emprego, pois a bolsa de estudos que eu tenho só pagou a minha vinda aos Estados Unidos, o resto era comigo, apenas.

Sou Brasileira, sonhei em vir pra cá a minha vida toda. Queria forma a minha independência aqui.
Apesar de só ter dezessete anos a Magic Home me aceitou no estágio, graças as minhas notas e comportamento impecável.

Eu tenho toda a minha vida planejada. Assim que acabar esse estágio vou procurar trabalho na Modern Family, sua rival em comprar, por que quero um currículo extenso e impecável. Quando acabar a faculdade, vou trabalhar no que gosto.

Não consigo conter o sorriso só de imaginar o que o futuro me aguarda. E assim, segui até a sala do meu chefe.

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Bate três vezes na morta de madeira rústica mas n obtive resposta. Passei a palma da mão na saia, tentando secar a mão molhada pelo nervosismo.

Bato de novo.

Sem resposta.

- Senhor... - o chamo. - Eu vou entrar!

Abri a porta com receio, encontrando uma sala meio bagunçada. Tinha papéis espalhados pela sua pesa, pilha deles. Sua gravata e sobretudo estava jogados no sofá, tem até três copos de cafés amassados e jogados ao lado da lixeira. Mas ele não estava lá.

Me aproximei da mesa e coloquei os documentos que eu segurava naquela bagunça. - E se eu arrumasse um pouquinho? - pensei. Olhei pros lados e para a porta que estava aberta. Não tem ninguém.

- Se alguém chegar, eu vejo. - falei.

Comecei a arrumar tudo bem rápido. Começando pelos papeis nos chão, não sabia se eram pra jogar fora então fiz uma pilha e deixei em cima da sua cadeira. Peguei suas roupas e coloquei no aparador. - nossa mais ele é muito preguiçoso, hein?! - pensei, agora arrumando a mesa.

Depois de arrumar tudo fui até a porta e olhei a sala pela entrada da mesma, queria ver como ficou depois de arrumada, porém, senti uma respiração no meu pescoço, no automático eu me afastei.

- Não me lembro de ter chamado a faxineira. - disse rude. Mas, pourque rude? eu limpei a sala dele oras, que ingrato.

- Eu não sou a faxinheira. - digo rápido. - Desculpa por ter entrado assim na sua sala. E-e que eu bati e ninguém respondeu... - eu estava começando a ficar nervosa. Ele me encarava intençamente, como quando meu pai ia me dar uma bronca. - Trouxe os documentos que pediu. Sou do RH.

- Onde está Carla?

- Pediu pra mim vir. - abaixo a cabeça. - Ela estava ocupada.

Ele simplesmente começou a andar até sua cadeira, pegando os papéis logo depois. Leu, me encarou e leu de novo. Será que era um aviso para eu ir embora?

Me viro para sair mais ele me chama.

- O que fez com os documentos? - ele disse.

- Eu arrumei pela ordem de números que vem no papel. Me desculpe se baguncei. - me aproximo da mesa. - Os que estava no chão não tinham numeração então está nessa pilha, suponho que esses documentos não vieram da nossa impressora. - ele me encara e se senta confortavelmemte em sua cadeira. Será que ele vai me demitir? isso não tava nos meus planos...

- Quero seus documentos na minha mesa em 10 minutos! - mandou. Fiquei sem reação. - Acorde! Eu disse agora! - saio em desparado indo para meu setor, ou antigo setor.

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Bato na sua porta dessa vez ouvindo um "Entre". Suspiro e passo a mão nos meus cabelos tentando conter a ansiedade. Entro.

- Meu documentos, senhor. - ele nem olha, apenas pega, ler cada detalhe antes de mudar de folha. Assim que acabou de ver ele me devolve e começa a falar.

- Você vai ser minha secretária - olha pra mim. - se você for boa você pode terminar o estágio aqui e vai ser perfeito para seu currículo ter que você trabalhou diretamente comigo. - ele fez uma pausa dramática. - Ou, você pode ir embora e ficar sem trabalho, por que a temporada de estágios só abre em março. Espero que você tenha dinheiro guardado para se manter esses dois meses. - disse e se encostou na cadeira, me olhando com um sorriso sarcástico. Idiota!

- Eu posso pensar...

- Não. - ele me corta, curto e grosso.

- Tudo bem. Eu posso começar...

- Hoje! - me corta de novo. - Você começa agora mesmo.

Hoje em dia.

- Parker.

- Sim, senhor.

- Na minha sala. - me olhou de cima abaixo, como se analisasse o que eu vestia.

Ele tem essa mania. Tanto que ele mesmo compra e manda as roupas que uso no trabalho. Segundo ele, eu sou brega.

Minha convivência com ele não passa de profissionais. Ele tentou dar em cima de mim no começo mas eu me fazia de desentendida, foi assim até ele se cançar de tentar algo comigo. O que não demorou, por que ele é um galinha.

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Me digam o que acharam, estou ansiosa pra ler os comentários de vocês. XoXo