Capítulo 11

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Castiel saiu da cama e olhou para Dean dormindo, dando um pequeno sorriso de satisfação ao ver a leve marca dos seus dentes no pescoço dele e os sinais das algemas no seu pulso, que logo desapareceriam. Se alguém perguntar sobre a marca em seu pescoço, ele pode falar que é uma alergia, pois não parece realmente uma mordida ou chupão — Cas tomou cuidado. Saber que Lisa beijou o seu submisso despertou o lado mais animal de Novak, e ele não resistiu em marcá-lo como seu.

Dean é realmente ótimo, e pode deixar Cas um pouco mais exigente quando tudo terminar. O Winchester ao mesmo tempo que é inexperiente na submissão, é experiente no sexo, e é uma combinação perfeita, pois Cas ama quando os submissos são pegos de surpresa pelas novas sensações e mesmo assim não tem vergonha de satisfazê-lo quando solicitado.

Ontem o Winchester teve a sua primeira queda. Desde que eles "brigaram" e Cas falou sobre Dick, sentiu que Dean ficou mais sensível, e talvez isso tenha a ver com a ligação de cumplicidade que foi formada. Ele tem quase certeza que o submisso ficou bem depois da conversa, e tudo nele ainda quer abraçar Dean e perguntar se tudo está bem, mas Cas viu o que aconteceu quando disse que não queria machucá-lo, então, o dará espaço.

Cas saiu do quarto e entrou no seu, tomando um banho rápido e vestindo uma calça de pijama xadrez sem mais nada. Ele desceu até a cozinha e pegou o seu celular, verificando com April que o seu filho não precisava de nada. Cas olhou para a geladeira e suspirou, vendo o desenho que Jack fez. Eles são uma família de dois, e são felizes, não precisam de mais ninguém. Cas não se casaria com uma pessoa por status, ele e Eileen já são o suficiente para Jack.

Novak fez o café matinal tranquilamente, e quando arrumou tudo para subir e acordar o Winchester, o seu celular tocou. Ele viu que era a sua mãe e ficou preocupado, atendendo-a imediatamente.

Castiel... filho, preciso que venha aqui.

— Mãe, eu não posso...

É o seu pai.

— O que tem o papai?

Eu acordei e... ele não me respondeu — ela começou a chorar. — Preciso de alguém da família aqui, eu não consigo fazer nada.

O seu pai havia morrido? Castiel sentiu tudo girar e a sua respiração se tornar acelerada. Mas ele tinha que ser forte e racional naquele momento, a sua mãe estava o pedindo ajuda. Seus pais são casados há 50 anos, ela deve estar em choque.

— Vou ligar para uma ambulância, em alguns minutos estarei aí, me espere na sala.

Castiel, não demore.

— Não vou.

Castiel correu para cima e vestiu a primeira roupa que encontrou, que era uma calça jeans e uma camisa lisa. Ele calçou os sapatos e praticamente correu até ao seu escritório, vendo post its e começando a anotar: "Infelizmente tive que sair e não sei quando voltarei, coma o café e, se tiver alguma emergência, me ligue ou mande uma mensagem."

Ele foi até a cozinha de novo e colou o papel em uma caneca, preocupado com Dean, mas, realmente, não tinha como ele ignorar o que acabou de acontecer.

Cas desceu até a garagem, tentando não parecer tão desesperado enquanto falava com a emergência e dava o endereço dos seus pais. Ele arrancou com o carro, e em poucos minutos, estacionou na propriedade. Cas abraçou a sua mãe, que estava chorando descontroladamente, e pediu para um empregado a dar um calmante. Ele subiu as escadas, e ao entrar no quarto, observou o corpo do seu pai imóvel. Cas procurou pulso, e não encontrou nada. O seu pai havia realmente morrido, e ele sentiu algumas lágrimas descerem em seu rosto.

Azul como Gelo - DestielWhere stories live. Discover now