Azul como Gelo - Destiel

Capítulo 12

Oi meus amores, consertei esse capítulo e ficou assim, não me agradou totalmente, mas está seguindo o roteiro que imaginei. Estou postando porque já tinha escrito há muito tempo e reescrevi pouca coisa. 

Boa leitura.

***

Dean abriu os olhos esperando encontrar Cas, mas viu que o outro lado da cama estava vazio. Ele está feliz por ter melhorado o humor de Novak depois da morte do seu pai, e agora, que eles estão trabalhando separados, será ainda mais difícil saber se o homem está bem ou não, porque ele não diz. Dean sabe que não deve ultrapassar certos limites, no contrato diz que a natureza da relação deles é de dom e sub, mas acima de tudo, ele gosta do cara e quer vê-lo bem.

O que Cas disse na última cena aqueceu o coração do Winchester, e ele se pergunta se isso é fruto dos seus vinte anos de experiência como dom. Não é como se Novak tivesse curado a sua insegurança ou qualquer coisa relacionada, mas na hora foi essencial, e agora Dean não sente tanta pressão para ser perfeito. Cas também falou sobre John, e Dean ainda não sabe exatamente o que pensar. Agora os seus irmãos sabem sobre a sua sexualidade, e ele se sente... normal, como deveria ser.

Na noite anterior, depois que eles saíram do bar completamente bêbados — menos Sam, porque não podia beber, e por isso dirigiu de volta —, todos entraram direto no apartamento de Cas e dormiram na primeira superfície macia que encontraram — inclusive Charlie, pois a sua paquera não deu certo e ela terminou sozinha.

Apesar de estar fora da sua própria mente por causa da bebida, Cas estava racional o suficiente para levar Dean direto para o quarto feito unicamente para eles. Novak praticamente não tocou o Winchester de forma sexual, e dormiu com o rosto enterrado em seu pescoço — Dean acha que essas coisas são mais arriscadas que sexo. Ele prometeu para si mesmo que não iria se apegar a essa relação, mas se está assim no início, ele não quer imaginar como será daqui a alguns meses.

Talvez fosse melhor eles se tornarem mais frios, evitarem esses contatos íntimos, mas Dean não tem coragem de falar sobre isso porque gosta. Cas está preenchendo algum lado que ele mesmo desconhece, e isso o conforta. Novak é carinhoso e gentil, e Dean se pega querendo mais disso, ou, pensando por uma lógica mais racional, ele seja um submisso carente que ama ser cuidado e adorado por outra pessoa. Provavelmente é a última parte, Dean nunca teve alguém que o tratasse dessa forma.

Dean saiu da cama e entrou no banheiro para escovar os dentes. Ele passou os dedos nos seus fios — que estavam batendo em suas orelhas — e tentou domá-los, falhando miseravelmente. Dean suspirou pensando que talvez fosse melhor cortar por causa da praticidade, e saiu do quarto usando um pijama que Cas comprou para ele. Ele desceu até a cozinha e sentiu um cheiro maravilhoso que fez a sua boca encher de água.

— Bom dia, li-Dean. — Cas se corrigiu a tempo por causa de Sam, Gabe, Jo, Charlie e Jack comendo na bancada, e Dean mordeu os lábios para não rir. — Dormiu bem? — Cas disse colocando ovos e bacon em um prato.

— Sim. — Dean pegou uma caneca e colocou café, sentando-se ao lado de Sam na bancada, de frente para Cas.

Se a cozinha não estivesse cheia, muito provavelmente ele envolveria as mãos nos quadris do seu dom e beijaria o seu pescoço, mas ele não quer que todos achem que eles são algo.

Dean comeu ovos e bacon, e quase gemeu pensando em como Cas fazia até algo simples ter um sabor tão especial.

Dean sentia uma leve dor de cabeça, mas era acostumado. Cas parecia mais amarrotado que o normal, e com certeza estava disfarçando — Jo e Jack eram os únicos totalmente bem naquela cozinha.