22 - Beijo da sorte

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Julian

Ela me beijou. Por livre e espontânea vontade.
A KIRA ME DEU UM BEIJO.

Acho que isso é um sonho, eu espero que não seja, mas parece muito um sonho.

—Vou precisar de mais beijos como esse pra minha sorte. —eu disse ainda impressionado, fazendo ela rir.

—Vocês são um belo casal. —meu avô disse, deixando a Kira vermelha de tanta vergonha com vontade de fugir dali.

—Somos mesmo. —eu disse envolvendo ela em um abraço antes que ela fugisse.

Naquele instante, Juanito e Rosa chegaram lá em casa, prontos pro jogo.

—Eu quero uma foto com os campeões desse jogo! —Anunciou Rosa.

Ela apoiou o celular na estante, e nós quatro tiramos uma foto de casalzinho.

—Ah, como a juventude é linda! —meu avô dizia observando a gente.

—Vem participar da foto, senhor Manoel! —Kira disse.

Meu avô veio todo desajeitado e participou da foto também.

—Me sinto com 20 anos de novo quando estou com vocês.

Meu avô é uma figura.
Ele participa de todos os meus jogos, é o meu maior incentivador.
Ele estava usando a camisa que mandou fazer com o nome: Titãs ISC na frente, e atrás no lugar do nome dele, ele mandou escrever: avô do Julian.

Eu amo esse velhinho.

Juanito estava dirigindo, no banco do carona estava a Rosa.
No banco de trás estava Kira, meu avô e eu.

Eu já não estava tão nervoso pro jogo por ter perdido a pulseira que meu avô me deu, mas ainda assim restava um pouco de nervosismo em mim.
Kira pareceu perceber isso ao estudar meu rosto, porque logo em seguida ela ela pegou minha mão, e entrelaçou na dela.
Surpreedido eu olhei pros seus dedos entre os meus, eles pareciam tão pequenos apertando delicadamente minha mão.

—Já ganhou. —ela sussurrou.

Sorri.
Fiquei um pouco mais em paz depois disso.

Chegamos cedo, ainda não tinha muita gente ainda na arquibancada, mas o nosso time já estava todo lá.
O treinador anunciou que queria fazer uma reunião com o time antes do jogo,Juanito e eu tivemos que nos despedir das meninas e do meu vô.

—Vou ganhar outro beijinho da sorte? —perguntei antes de ir.

—Ainda não foi sorte o suficiente? —ela perguntou com um sorriso tímido e lindo.

—Não, acho que preciso de mais sorte. —eu a aproximei de mim pela cintura.

Então ela me deu um selinho.

—Sorte o suficiente agora? —perguntou.

—Sabe... Eu sou um cara muito azarado. —eu disse fazendo ela rir.

Então ela me deu um beijo de verdade dessa vez. Deixei que ela comandasse, e foi incrível.

Seus olhos azuis focaram nos meus.

—Deve tá todo mundo olhando pra gente agora. —disse com vergonha e em seguida encostou a testa no meu peito.

—Deixe que olhem, miss simpatia. Você só está fazendo uma boa ação, dando sorte a um cidadão azarado e necessitado.

Senti ela rir enquanto me abraçava mais forte.

—Vai pra sua reunião, Juliano. —ela disse se soltando de mim e voltando pra arquibancada.

ImprováveisWhere stories live. Discover now