43 - Meu pai

449 46 18
                                    

Kira

Levei dias doloridos para perder aquele peso, mas eu falhei novamente e na primeira oportunidade, eu comi todas aquelas coisas cheias de calorias.

Quando eu vou ser como elas? Se é que um dia eu consiga chegar nesse nível.

Eu acho que a verdade é que eu sou uma fraca que precisa aprender a ter autocontrole, e isso precisa começar agora.

-----------

Julian

—Eu tenho sorte. —Eu disse a ajudando assim que a vi sair do seu apartamento desajeitadamente com uma mochila maior do que ela.

—Realmente, Juliano. Você ganhou o sorteio do hotel e só concorreu com um papelzinho. —Ela riu.

Eu a olhei com o sorriso bobo.

—Tenho sorte por estar indo pra esse hotel com você.

Ela sorriu genuinamente e me deu um beijo delicado e me olhou nos olhos.

—Eu sou a sortuda aqui.

—Netos! Tenham juízo, vou sentir saudades. —O meu avô apareceu na porta.

—São só dois dias, velhinho. Fica tranquilo.

—Neto, não está levando aquela sua cueca samba canção com desenho de bichinho não né? Pelo amor de Deus, a neta não merece ver isso.

A Kira de uma gargalhada.

—Obrigado, vô.

—Cuida dele, tá neta?

—Pode deixar, senhor Manoel. —A Kira me abraçou.

—Kira.—dessa vez foi o Tomás acompanhado da mãe até apareceu na porta.

—Oi Tom. —A Kira se abaixou na altura dele.

—Eu não posso mesmo ir com vocês? Eu prometo que vou me comportar.

—Dessa vez não pode, Tom. Eu sinto muito. Mas, quando voltarmos nós vamos sair juntos. —Kira garantiu.

—Vamos te levar pra jogar futebol e eu vou te ensinar a jogar basquete dessa vez. —eu disse e fiquei satisfeito ao ver que um sorriso se acendeu no rosto dele.

---------------

Kira

A nossa viagem foi tranquila e rápida, parecia um sonho muito real assim que saímos do carro e adentramos aquele enorme hotel.

O caminho até a entrada era cercado de vegetação e vários animais. O ar fresco me fazia querer respirar fundo a cada segundo. Havia muitas famílias e casais, ver aquelas crianças correndo felizes era tão satisfatório.

Na entrada, Julian fez a nossa ficha e fomos para a suíte que estava reservada para nós.

Assim que abrimos a porta do quarto perdi o fôlego. Nunca em toda minha vida eu fiquei em uma suíte, e essa era perfeita. A cama espaçosa, uma banheira gigante, e flores para todos os lados.

Em cima da cama havia um balde com champanhe e duas taças escrito "senhor" e "senhora".

Julian riu assim que viu as taças.

—Eu disse pra recepcionista que estamos em lua de mel pra ganharmos a sobremesa especial dos recém casados. Pelo visto, ganhamos mais do que isso, senhora Kira Savoia.

—Você não existe, Juliano! —Eu ri e o beijei.

Do outro lado do quarto, uma sacada com a vista direta para o lago.

ImprováveisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora