37 - Cesta de 3 pontos

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Kira

Julian se abaixou até que ficasse na visão do Tom, deu um sorriso e disse:

—Eu me chamo Julian.

—Diz 'oi' pro Julian, filho.—minha mãe disse dando um empurrãozinho no Tom, que permanecia com a expressão séria.

—Oi. —Disse olhando feio para o Julian, e em seguida o ignorou completamente.

—Acho que ele me odeia. —Julian sussurrou no meu ouvido.

—É questão de tempo você conseguir mudar isso. —sussurrei de volta. —Vamos? —estendi a mão para que Tom a segurasse.

Ao chegarmos na casa de Julian, o cheiro do almoço preparado pelo senhor Manoel desejava
boas vindas. Ele veio nos receber assim que entramos.

—Parece que você têm uma cópia, neta. Ele é a sua cara. —O senhor Manoel sorriu olhando para o Tom.

—Realmente senhor Manoel. —Sorri.—Conheça minha mãe, Helena. —Eu disse.

—Que prazer conhecê-la, dona Helena. Eu sou o avô do Julian, e estou feliz que esteja com sua família reunida novamente, sei como ter um filho longe é torturante.

—Nem me fale, senhor Manoel, mas agora, me sinto completa de novo. —Minha mãe sorriu para mim com sinceridade. —Posso ajudar com esse almoço? —Ela voltou seu olhar ao senhor Manoel que aceitou a ajuda e os dois foram conversar na cozinha.

Tomás estava me abraçando enquanto olhava emburrado para cada movimento do Julian.

—Gosta de basquete, Tomás? —Perguntou enquanto segurava uma de suas bolas de basquete.

—Prefiro futebol. —Disse sem hesitar.

—Futebol é legal, mas eu sou muito ruim. Eu gosto mesmo é do basquete.—Julian disse, em seguida girou a bola de basquete no dedo indicador, fazendo meu irmãozinho ficar admirado com sua habilidade.

—Você é bom nisso. —Ele confessou com os olhos vidrados em Julian.

—Eu posso te ensinar a jogar basquete, e você me ensina a jogar futebol, o que acha? —Perguntou Julian, lançando um sorriso sugestivo para mim.

—Pode ser.

Não demorou muito para que Julian conseguisse arrancar sorrisos e depois risadas do Tom, e depois de vários minutos de conversa entre eles, eu sabia que ele já havia conquistado meu irmãozinho.

—Sabemos quem é o verdadeiro miss simpatia por aqui. —Eu disse e ele sorriu.

—O almoço está pronto, crianças. —O senhor Manoel anunciou.

A sensação era de missão cumprida, apesar das circunstâncias eu estava muito feliz em tê-los por perto novamente. Família sempre esteve em primeiro lugar na minha vida.

—Me contem, como se conheceram?—Minha mãe perguntou durante o almoço, ela estava super interessada, visto que assim como eu, achava que eu jamais namoraria na vida.

—Quando sua filha chegou nesse prédio, dona Helena, um doce de pessoa, uma verdadeira miss simpatia, trocando meu nome para Juliano, foi amor a primeira vista.

Eu ri.

—Certamente a simpatia passou a não ser um dos fortes da Kira, mas quando ela era menor, sorria para todo mundo na rua, eu tinha que alertá-la sobre os estranhos a todo tempo. —Minha mãe mostrou uma foto minha quando criança que ela guarda na carteira, Julian segurou a foto e olhou profundamente para minha versão criança.

ImprováveisWhere stories live. Discover now