Epílogo

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Ana

Dias depois

Era hora de dizer adeus...

Meus irmãos e eu entramos pela primeira vez todos juntos no cemitério em que os nossos pais estavam sepultados e fomos até o jazigo da nossa família. Ficamos por longos minutos em silêncio a encarar as lápides com a foto dos dois e então um a um fomos depositando sobre elas as rosas brancas que carregavamos connosco.

— Descansem em paz. — disse antes de beijar as rosas e coloca-las sobre as lápides.

— Eu perdoo você. — disse Bryan ao colocar a rosa dele sobre a lápide da nossa mãe e sorrimos para ele — Obrigada Ray. Obrigada por sempre ter estado de olho em mim.

Meus irmãos e eu nos abraçamos e saímos do cemitério bem mais leves do que quando lá havíamos entrado. Se entendíamos a atitude da nossa mãe em ter abandonado Bryan? Não, acho que nunca o faríamos, mas havíamos decidido não a julgar mais. Ela errou, errou feio com ele, mas para mim e o restante dos meus irmãos havia sido uma boa mãe e era essa a imagem dela que queríamos guardar.

Meses depois...

Se um dia imaginei que podia ser tão feliz?

Não... não imaginei e se o fiz, a realidade com certeza supera a imaginação.

Christian e Nina são de facto o meu mundo e só ver o sorriso dos dois, faz explodir dentro de mim um enorme sentimento de felicidade e amor.

Nossa princesinha já esta com 2 anos de idade e virou o nosso mundo de cabeça para baixo, mais o do Christian a quem ela tem enrolado na ponta dos seus pequenos dedinhos.

Hoje resolvemos fazer uma pequena comemoração do aniversário de Nina com a nossa família e meu marido não sai do lado da nossa filha com medo de que algo lhe aconteça.

Christian é um pai babão e muito protetor.

— Imagino quando essa menina for adolescente e quiser namorar. — disse minha cunhada Leila ao se aproximar e sorri

— Christian terá um infarto antes dos 50. — respondi e rimos alto

— Ryan é igual ou pior. — disse Andrea. — Que homens mais ciumentos com as suas crias.

— Quem olha nem imagina o quão cafajestes eles eram com as filhas dos outros. — disse Jasmin.

— O pior é que todos eles querem ensinar meu filho a vigiar as meninas. Vê se pode. — disse Mia se referindo aos homens.

— Tomara que os próximos sejam meninas também. — disse Leila acariciando a sua barriguinha de grávida e olhando a de Jasmin.

Jasmin e Bryan não escondiam de ninguém o desejo de quererem ser pais por isso quando anunciaram a gravidez não foi nenhuma surpresa. Agora Leila e Luke, esses sim foi uma surpresa, até para eles. Ao que parece a pílula da minha cunhada falhou e a cegonha deu as caras. Apesar do choque inicial os dois estavam felizes, mas como já era hábito todos os homens estavam na torcida para que os bebês fossem meninos enquanto que nós garotas não tínhamos preferência. Ou pelo menos não tínhamos até meia hora atrás. kkkk

Christian largou um pouco Nina com os meus irmãos e veio até mim. Ele me beijou apaixonadamente e ficamos abraçados olhando para a festinha que havíamos organizado pra nossa princesa.

— Já disse que te amo? — perguntou ele no meu ouvido e sorri

— Hoje acho que ainda não. — respondi dengosa

— Pois eu te amo. Te amo muito, Anastásia. — me virei para ele e olhei nos seus olhos

— Eu também te amo muito Christian.

Antes que pudéssemos colar os nossos lábios em um beijo Paul apareceu com a nossa filha a colocou no colo de Christian dizendo que a mesma estava fazendo birra querendo o papai o que fez meu marido sorrir de orelha a orelha.

— Ela ama o papai.

— Papai. — disse Nina batendo palmas e beijei o seu rostinho

Mia apareceu segurando o bolo de princesas com a vela de dois anos acesa e a nossa família começou a cantar os parabéns... Minha pequena olhava para a vela acesa encantada e quando chegou a hora de apagar assoprou com a ajuda de Christian. Todos bateram palmas e Nina imitou.

— Eu te amo. — dissemos Christian e eu ao mesmo tempo a nossa menina e beijamos o seu rosto

Grace e Carrick tiraram a minha filha dos nossos braços e a levaram com eles para dentro de casa enquanto ficamos no jardim a conversar com os adultos. Meus irmãos se aproximaram e me abraçaram em grupo. Pegamos em um copo de champanhe e fizemos um brinde a felicidade. Olhei no rosto de cada um deles e sorri. Era bom saber que cada um deles fazia parte da minha vida e que nada nem ninguém nos havia conseguido separar.

Anos depois

Autora

Gregor havia conseguido obter a liberdade condicional devido ao seu bom comportamento durante o tempo em que esteve e preso e no dia em que saiu do estabelecimento prisional ficou feliz ao encontrar Camille a sua espera. Mille havia mudado muito nos últimos anos e para melhor. Ela tinha mantido contacto com Gregor, apesar deste lhe ter pedido para seguir com a sua vida, pois não achava justo que uma mulher jovem e bela como ela ficasse a espera dele. A loira esteve presente em todos os dias de visita e vibrou ao saber que ele seria solto.

Gregor deixou cair no chão o pequeno saco que trazia na mão com as suas coisas ao ver a loira e ela correu para ele saltando para o seu colo. Ele abraçou-a, cheirou os seus cabelos e depressa cobriu os seus lábios com os dele em um beijo apaixonado. Camille havia sido a sua força para aguentar o tempo que este preso.

— Casa comigo. — pediu ele quando afastou os lábios dos dela e Mille ficou com os olhos marejados — Sei que você merecia um pedido melhor e que nem um anel eu tenho, mas me faça o homem mais feliz e seja minha.

— Sim. — respondeu ela com um enorme sorriso — Claro que sim. Eu aceito.— Ela segurou o meu rosto com ambas as mãos — Você quem me ensinou o que era o amor verdadeiro. Não poderia escolher ninguém melhor para marido.

Roger ficou feliz em saber do noivado da filha, pois reconhecia o quanto Gregor havia sido uma boa influência para ela. Apesar do futuro genro ter errado ele não o condenava e estava disposto a dar-lhe uma nova oportunidade, por isso ofereceu-lhe de novo o seu emprego como chefe de segurança que apesar de reticente Gregor aceitou.

Camille agradeceu ao pai e voltou para os braços do seu noivo. Ela estava feliz e queria compartilhar o noivado com as outras pessoas que amava, Bryan e a mãe.

Elena havia ficado um ano internada em uma clinica psiquiátrica após a morte de Jack e depois teve alta. Ela voltou para casa, mas com um acompanhamento semanal de um psicólogo. Ela não era mais a mesma com a perda do filho... Mas percebeu que ainda tinha Roger e Mille e ganhou forças para sair do seu estado depressivo. Tentou pedir desculpas a Bryan por todo o mal que fez, mas este não quis uma aproximação com ela. Aos poucos foi reconstruindo o seu casamento com Roger.

José finalmente conhecia a felicidade plena ao lado de Tyler. Eles estavam juntos desde antes do casamento de Ana e Christian e pensavam em adotar uma criança juntos. Houve um tempo em que temia que o seu companheiro por ser bissexual pudesse se interessar por alguma mulher, mas agora sabia que era o dono pleno do coração de Tyler e a sua insegurança não existia mais.

Anastásia estava no jardim a observar a festa que a família fazia na piscina da mansão Grey.

Seus irmãos haviam virado pais babados que corriam atrás das suas crias. E as esposas estavam deitadas a apanhar sol.

Seu irmão caçula chegou com a noiva (finalmente Paul havia tomado jeito) e se juntou aos homens correndo atrás da criançada e ela sorriu sendo a Testemunha do amor.



A TestemunhaWhere stories live. Discover now