Capítulo 8

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Anastásia

Estava a dormir tranquilamente e a ter sonhos bons, mas então o cenário mudou completamente e o meu sono começou a ficar agitado. Não estava a ter bem um sonho ou pesadelo, estava mais era a reviver um momento complicado.

Sonho on

Mamãe me olhava com um olhar carregado de culpa e ali percebi que os bandidos diziam a verdade. Um dos bandidos, que agora sabia chamar-se Gregor aproximou-se de mim e com um sorriso macabro passou a arma que segurava pelo meu rosto.

— Parece que você não conhece tão bem os seus pais como pensava, Annie. —disse Gregor e então olhou para os meus pais — Quem diria que um casal que aparentemente tem tudo seria capaz de roubar uma criança?

— Não escute o que ele diz filha. — pediu mamãe com a voz chorosa e dei um pulo ao escutar um grito de papai. Olhei na direção dele e lágrimas caíram pelo meu rosto ao ver o outro bandido bater nele.

— Parem. Não o machuquem. — pedi e Gregor fez sinal para que o colega parasse

— Parece que a vadia aqui quer contar algo. — disse Gregor olhando para minha mãe que continuou calada.

— É verdade? — perguntei olhando para a minha mãe — Vocês roubaram mesmo uma criança? Um de nós não é filho de vocês? — a minha voz custou a sair

— Não roubei nenhuma criança. Sou a sua mãe e dos seus 4 irmãos. — Gregor pegou nos meus cabelos e puxou-os com força

— Conte o resto. — mandou ele

— A criança a qual eles se referem é meu filho, mas não é de Raymond. — olhei em choque para mamãe

Ela havia traído o papai?

— Jamais vamos revelar qual deles é quem vocês procuram. — rosnou papai — Eu os criei, dei amor e cuidei com todo o meu coração. Eles são todos meus filhos. Meus.

A minha cabeça estava prestes a explodir tamanha era a confusão que estava nela e então Gregor sinalizou para o colega que começou mais uma vez a socar papai para meu desespero..

Sonho off

Christian

Estava prestes a me deitar na cama quando escutei gritos e corri para o quarto de Ana. Ela se debatia na cama, dizia coisas sem sentido e ao ver o quanto ela estava a sofrer acordei-a. Ana abriu os olhos e se jogou nos meus braços me abraçando com força e a chorar no meu ombro. Não sabia o que dizer por isso apertei-a mais forte e acariciei as suas costas e cabelos que aos poucos foi ficando mais calma.

— Quer conversar? — perguntei preocupado — Ao que parece você estava tendo um pesadelo.

— Desculpa, mas ainda não me sinto preparada para falar. — assenti

— Tudo bem, vou deixar você voltar a dormir. — quando estava a levantar da cama Ana segurou o meu braço

— Fica comigo. — pediu e a olhei surpresa — Não quero ficar sozinha. Dorme aqui, por favor.

Vendo o quanto Ana estava fragilizada assenti e deitei com cuidado ao seu lado abraçando-a forte. Não demorou muito para que ambos caíssemos no sono.

Grace

Na manhã seguinte...

Estava a tomar o café da manhã com a minha família quando Suzanna invadiu a sala da minha casa com uma cara nada boa. Não gostei da atitude dele e tratei de o demonstrar.

A TestemunhaWhere stories live. Discover now