🎭Capítulo•52🥀

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Não consigo fugir daqui, não consigo parar de reviver a cena em minha mente, parece um sonho agora... Está meio confuso, não sei o que é real e o que é fantasia. Eu morri? Ele morreu? Nós morremos? Isso é apenas minha imaginação? Ainda estou no inferno? Minha mãe está viva? Meu irmão vai me acordar em alguns instantes?

-Hyeon! -O chamo, gritando.

Parece que estou no centro de um furacão, minhas lembranças estão correndo com o vento e a areia, não consigo manter meus olhos abertos por muito tempo sem que os grãos entres neles. Minha voz é abafada pelos ruídos da tormenta, eu grito com todas as forças, mas ele não me escuta e eu não consigo avançar, não consigo sair do lugar.

-Hyeon! Me espera! -Grito novamente, porém escuto um som alto e me assusto.

Meu irmão leva um tiro na testa e cai no chão, sinto meu coração parar e meu corpo enrijecer com o susto. Arregalo os olhos marejados e finalmente consigo me mexer.

-Hyeon! -Grito aos prantos, tentando chegar em seu corpo, porém quando me aproximo ele some.

É levado com a areia e o furacão me acompanha.

-Ah não... -Digo mexendo na areia, tentando encontrá-lo. -Por favor, não...

-O que está procurando, baixinho? -Escuto uma voz e vejo Hyeon do lado de fora de uma caixa de areia, eu estava nela, o furacão havia sumido.

-E-Eu... Você...

Ele franze o cenho, confuso.

-Ah não vai ficar estranho de novo, vai? -Hyeon pergunta.

Ele estava usando uma calça jeans, com uma camisa branca larga, uma jaqueta amarela e alguns colares, o cabelo preto sendo levado pelo vento e a pele meio bronzeada perfeita.

Olho ao redor e vejo que estávamos em um jardim, um maravilhoso jardim. A grama era tão verde, eu jamais tinha visto uma assim, uma enorme árvore com flores rosas, um balanço e uma caixa de areia para crianças, na qual eu estava, uma mesa de madeira na porte de fora, um canteiro com flores bem cuidadas e uma casa bonita. A porta de correr de vidro se abre e eu sinto o ar de meus pulmões esvair-se quando vejo a figura de uma mulher com uma jarra de suco em mãos.

Ela tinha cabelos pretos amarrados em um coque, uma franja, um sorriso no rosto, usava uma calça jeans clara e uma blusa de manga longa azul clara, meio larga. Brincos bonitos, um sorriso encantador, uma aliança em sua mão esquerda e sorri mais ainda ao me ver.

-Jungkook-ah! -Ela grita para mim. -Saia da caixa de areia!

Então eu caio sentado na areia quando atrás dela um homem aparece. Ele segura a cintura da mesma e ri ao me ver, ele tinha cabelos pretos meio grisalhos nas laterais, um sorriso bonito e pele meio bronzeada pelo sol. Ele usava uma calça preta e um suéter cinza.

-Deixe ele, querida. Quem sabe voltou a ser criança e deixou o adolescente rabugento de lado? -O homem diz e eles riem.

Sinto lágrimas descerem por meus olhos ao acompanhá-los caminharem e conversarem até a mesa de fora, a qual eles colocam as comidas. Ela ficava embaixo da árvore, então era um campo sombreado no meio do sol do jardim.

-Você está me assustando, Jungkook. -Hyeon diz e estende a mão para mim. -Não vai se arrumar? Seus amigos já irão chegar.

-M-Meus amigos? -O encaro, ainda em choque.

-Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

-Vocês estão vivos? Isso é real? -Pergunto confuso.

Ele ri e me puxa, me empurrando para fora da caixa e me dando um tapa na nuca.

The Love KillerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora