🎭Capítulo•15🥀

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A liberdade é algo que muitas pessoas desejam, ser livre é um sonho, mas que poucas sabem realmente explicar o que é ser livre.

Sempre estaremos preso à algo ou até mesmo alguém, todos dependemos de algo. Somos reféns do nosso próprio destino.

Você pode ser desapegado ou simplismente não ligar para os acontecimentos, mas com certeza precisa de algo, nem que seja um objeto.

Acontece que é do ser humano o fato de necessitar de algo para chamar de seu, precisamos ter alguma coisa para nós, infelizmente somos reféns também da carência, do sentimento de se sentir completo, em busca, muitas vezes, de algo que não existe. um sentimento irreal, uma felicidade efêmera.

E a libardade segue esta mesma filosofia. Queremos tanto nos sentir livres, mas quando nos permitem... Dura tão pouco, não sabemos lidar com tamanha responsabilidade, pois para todo ato há uma consequência e quando respondemos por nós mesmos, quer arca com esses efeitos.

Talvez aquela fosse a minha vez de me ver finalmente livre de todo aquele pesadelo... Ou era o que eu pensava...

-Uma algema?! Tá de brincadeira?- Digo indignada.

-Não sou idiota, Min-Jee.- Ele sorri, fechando a mesma em seu pulso, nos prendendo um ao outro.

-Acha que eu vou fugir?- Pergunto, era óbvio.

-Tenho certeza.- Ele fala erguendo o pulso. -Porém agora não vai mais. Vamos ou iremos perder a festa.

-Festa?- Pergunto tentando me acostumar com seus passos largos.

-Como sabe estamos bem no meio do nada, até chegar em Busan tem quilômetros e quilômetros a serem percorridos.- Ele explica entrando em um dos corredores do labirinto. -Porém, tem um vilarejo de descendentes de Italianos aqui perto. Nós sempre vamos nesta festa mensal deles, embora eles sejam... animados até demais.

Ele fala e eu já podia escutar uma música, distante mas animada.

-Qual o seu problema com a felicidade?- Pergunto franzindo o cenho.

-Ela nunca foi muito presente na minha vida, acho que consigo contar os momentos felizes em meus dedos. -Ele estende as mãos. -Me acostumei a viver sem ela, basicamente.

-Ryujin disse que teve um tempo em que você não era assim... Que você conseguia sorrir, ser feliz.- Digo e ele abaixa a cabeça.

-Assim como tudo que é bom nessa vida se vai, a felicidade também acabou. -Ele diz.

-Penso diferente.-Falo. -Acho que a vida é feita de momentos felizes e tristes. Penso que é bom termos momentos ruins para valorizarmos os bons, logicamente, não dá para ser feliz o tempo todo, assim como não dá para ser triste o tempo todo... Tudo nessa vida passa.

Ele me encara.

-Como consegue sorrir depois de tudo que te aconteceu?- Ele pergunta meio incrédulo.

-Acho que a pessoa que perdi gostaria de me ber sorrir e não de me ver afundando em mágoas...

Ele assente.

-Ainda vai querer fazer aquilo?- O mesmo pergunta.

-Aquilo o quê?- Pergunto confusa.

-A troca... Eu te ensino uma coisa e você me ensina outra.- Ele explica.

Sorrio.

-Ok. Um dia um professor, no outro um aluno.- Digo rindo.

Ele para de andar, mas eu dou um passo a mais, perdendo o equilíbrio pois era um barranco, mas antes que eu caia na terra, Jeon me segura pela cintura.

The Love KillerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora