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Pov's Narradora

  A animação estava presente na Kombi onde o grupo de adolescentes se encontrava.

Mas a animação de Elle era apenas uma fachada para o real sentimento que ela sentia, mas tentava ao máximo não deixar ele transparecer para o resto de seus amigos.

Ela estava tentando esquecer que teria, uma hora ou outra, ter que falar para todos os outros sobre sua mãe e que — talvez — não estivesse pronta para as consequências que essa informação importante poderia ocasionar para os outros Pogues e, principalmente, ocasionar para si.

Mas ainda não era a hora para isso. Iría esperar mais um pouco, afinal, essa informação nem era tão importante mesmo.

Mas talvez isso era apenas o que ela achava.

John, como sempre, estava na direção enquanto JJ estava no banco do passageiro e todos os outros Pogues estavam sentados na parte de trás.

— Galera, estamos chegando na Igreja Freedman's. — Pope mostrava apontando para o local. — Essa é a igreja que Denmark construiu para todos os escravos que libertou.

— Parece que estamos fazendo um tour pela ilha. — A ruiva brinca.

A Kombi continua, seguindo um caminho estreito de terra onde mais adiante, bem no centro, poderia ser visto uma grade árvore com folhagem bastante verde.

— E alí está. — Sarah fala. — Aquele é o Carvalho do Anjo.

Avançando mais um pouco, eles começam a entrar em uma área repleta de árvores com troncos altos, porém finos e uma grande quantidade de lama ao redor.

Estavam no pântano, e o horário não era o mais adequado para estar naquele local.

— A maré vai começar a encher daqui há um tempo. — JJ fala, notando o horário.

— Pode dar ruim se atravessarmos. — Matt se coloca na conversa. — Podemos acabar ficando presos.

— Espera aí. — Pope pede e John vai parando a Kombi devagar. — Eles já passaram por aqui. Essas aí devem ser as marcas do carro da Limbrey. — O Heyward fala e encara o Rodrigues. — Nós precisamos continuar.

— O quê acha, chefe? — JJ questiona para John B.

— Acho que isso é meio arriscado. — John dá o seu ponto de vista e apoia o braço no banco.

— Isso já está bem claro, na verdade. — Elle fala analisando a situação.

— Mas dá para ver que foram eles. — Kiara dá de ombros.

— Não sei não, ein... — JJ murmura, não acreditando que eles já poderiam ter ido.

— Por que todo esse teatrinho? — Sarah Cameron se pronuncia. — Todos aqui sabemos que vocês vão fazer. Vocês nunca são cautelosos.

John e JJ se encaram, e acenam com a cabeça um para o outro:
— Ela tem razão. — JJ fala dando de ombros.

— Vamos nessa. — John se volta para o volante e segura firme.

— Coloca o carro na segunda marcha e pé na estrada. — O Maybank reforça.

Os que estavam na parte de trás começam a se encarar, se questionando em qual momento aquela Kombi ficaria atolada e qual deles teria que tirar.

— Todos prontos? — John questiona, mas não recebe resposta. — Vamos lá.

O Routledge pisa forte no acelerador e a Kombi começa a andar, balançando um pouco e com uma certa dificuldade. O pneu espalhava toda a lama, que sujava a parte externa do automóvel.

Aplin² • Outer Banks Where stories live. Discover now