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Pov's Narradora

  Todos passam por um momento de quase morte ao menos uma vez na vida.

Para algumas pessoas é como se você renascesse, como se você recebesse uma segunda chance para se redimir com todas as pessoas e repensar os seus atos. É como se fosse um novo começo.

Mas para outras, isso não é nada. Você apenas quase morreu, e tudo bem. Acontece.

Pope viu a morte passar pelos seus olhos no momento em que viu uma cruz gigante de ouro caindo em sua direção.

Mas seus reflexos agiram de forma rápida, pois ele logo girou seu corpo para o lado, se esquivando de ter uma morte incrivelmente patética ou completamente divina — Elle ainda tinha suas dúvidas.

O baque da cruz contra o chão de madeira foi bastante alto e obviamente o chão com aquela madeira antiga não suportou aquele peso. A cruz estava enterrada no meio daquela madeira.

— Aí meu Deus, Pope! — JJ se aproximava do amigo que estava deitado de lado no chão. — Está tudo bem?!

— E-estou. — Ele fala e Elle se aproxima do garoto, o vendo tremendo. — Me deixe aqui só alguns minutinhos para eu recuperar o fôlego.

— Você achou, Pope. — O loiro se levantava e encarava a cruz de ouro.

O garoto se aproxima do objeto que quase chegava a ser do seu tamanho e o toca, impressionado com aquela coisa.

Elle ainda estava ao lado do amigo, que pede ajuda para se levantar. O garoto estava com as pernas bambas e se mantia em pé com dificuldades.

Após ajudar o amigo, a ruiva se aproxima da cruz e sua boca se abria em espanto com a quantidade de ouro que via diante de seus olhos:
— Ela é linda... — Ela falava admirando de longe aquela riqueza de detalhes.

Ela passava os dedos por cada parte, fazendo questão de observar cada pequeno detalhe.

John também fazia o mesmo, e olhando com bastante atenção ele consegue ver a entrada de uma chave:
— É por isso que a Limbrey queria tanto aquela chave...

— Quanto vocês acham que isso vale? — JJ questiona, apontando para o grande objeto. — Tipo, e se derretermos toda a estrutura? Quantos bilhões será que isso dá? — Ele continua, mas para alguns segundos e se corrige. — Olha, eu sei que é algo religioso, uma cruz...

— Nós não podemos fazer isso, JJ. — John B o repreende. — Isso é uma peça de museu.

— Levar isso pro museu? Para ninguém ver? — O Maybank questiona em uma lógica sem sentido.

— Esse é exatamente o objetivo de um museu. — John o contrapõe.

— Isso com o que estão mais preocupados? — Elle questiona eles, erguendo uma sobrancelha. — Lembram que quando a cruz foi roubada aconteceu uma tempestade?! Imagina se derretermos isso, um raio com certeza cairia na nossa cabeça! Eu não sou a maior religiosa daqui, mas é melhor não arriscar!

— Gente! — Pope chama a atenção dos três que discutiam e eles o encaram. — Essa é a cruz do meu ancestral!

— Ah, certo... beleza, beleza. — O Maybank fala, perdendo todos os seus argumentos.

O Heyward se apoia em um dos bancos da igreja e continua a falar:
— Isso vale mais que qualquer dinheiro. E com ela o mundo saberá a verdade sobre Denmark.

— Ele tem razão. — John concorda e se vira para os amigos proximos. — Nos ajudem a tirar. — Pede. — Quando a Limbrey chegar, ninguém vai saber que ela esteve aqui.

Aplin² • Outer Banks Where stories live. Discover now