O Pardal Perdido Que Não Podia Planar

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Olá! Oi! 

Depois de muito fazer vocês esperarem, aqui está o capítulo 21. Sim, eu não desisti de Jardim de Papel e nunca irei. Escrever uma fanfic e manter o ritmo de postagens é mais difícil do que eu pensava, e conciliar a vida pessoal é mais difícil ainda. Espero que entendam e me desculpem por isso. 

Mas coisas boas aconteceram! Mais de 26 K de leituras e mais de 4 K de favoritos! Sério, o carinho que vocês demonstram por essa história me emociona e me faz querer continuar. Muito, muito obrigada! 

Eu estava vendo as estatísticas da história e até hoje o capítulo com mais comentários é Profundezas do Desespero. Ou seja, vocês gostam mesmo é de sofrer kkkkk

Boa leitura! Esse capítulo é bem grandinho! 

✿✿✿

Assim que saiu do banho, Jeongguk procurou por seu ômega.

Era uma manhã aconchegante, com um céu azul manchado por nuvens, ele conseguia sentir o abraço do calor em sua pele. Garrinhas estava num dos degraus da escada, esparramado com sua barriguinha no chão gelado, se refrescando à sua própria maneira. Jeongguk pulou-o com cuidado para seus pés descalços não escorregassem. Se bem conhecia Taehyung, ele estava pendurado em alguma janela, observando o mundo lá embaixo, ou posando sob um feixe de luz, de olhos fechados, sonhando e murmurando prazerosamente com o toque delicado do sol em sua pele.

A segunda opção estava certa. Tae tomou banho antes de Jeongguk e se aninhou debaixo do sol para secar seus cabelos: a seda azul volumosa que lhe cobria a testa, por onde raios solares se entremeavam e se retorciam como se brincassem com as mechas, passando um pouco de seu brilho para elas.

Eles haviam chegado ontem do baile tão cansados e, ao mesmo tempo, extasiados com a noite incrível que tiveram, que mal tiraram os trajes antes de capotar no sofá mesmo. Taehyung dormiu usando Jeongguk de travesseiro.

Agora, ele vestia uma roupa de Jeongguk: um short que já estava pequeno, mas que ainda ficou um pouco grande nele, e uma camisa que caía levemente sobre um dos ombros. Todo pedaço de pele exposta sendo agraciada com calor. Ele devia estar lá já há um tempo, pois o topo de seus joelhos começava a se avermelhar.

Taehyung deve ter corrido muito embaixo do sol quando criança, pois aquela pele de oliva tão perfeita só podia ser uma obra natural, uma dádiva de poucos. E Jeongguk poderia ter ficado ali por horas, parado na porta da varanda, observando Tae esticado numa espreguiçadeira, mas ele percebeu sua presença. E se havia algo mais brilhante que o sol, eram os olhos dele. Os olhos dele quando olhavam para Jeongguk.

– Jeonggukie! – esticou a mão, convidando-o para se juntar a ele. No momento seguinte, Jeongguk a estava segurando enquanto Taehyung abria espaço na espreguiçadeira para ele. – O sol está absolutamente generoso hoje, permitindo que eu roube um pouco de seu calor. Você também não adora tomar sol de manhã?

Jeongguk olhou para sua própria pele pelo menos dois tons mais clara que a dele, que já começava a ficar vermelha, e deu uma risada nasal.

– Acho que o sol não gosta tanto de mim quanto gosta de você.

Taehyung podia sentir o cheiro dele. Vapor de banho e sabonete refrescante. Uma gotinha gélida pingou do cabelo dele diretamente no ombro quente de Tae. O choque arrepiou-o, mas não foi só isso. Jeongguk estava de olhos fechados, sol diretamente em seu rosto, corando suas bochechas. Os dedos dele faziam desenhos preguiçosos em sua coxa. Esse momento... Só estar tomando sol com ele, toques singelos e uma conexão tremenda, algo que Taehyung nunca teve, mas que parecia tão simples agora. Algo que só se consegue com a pessoa que se ama, agora ele sabia.

Jardim de Papel (taekook ABO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora