𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬

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 Morgan

    Agora estou entrando na escola como se estivesse totalmente bem, já sai de casa tem um tempo. Estou evitando o Constantine desde a noite passada, não sei como olhar na cara dele e vou continuar assim por um tempo. Ele ficou maluco de ter me pedido aquilo, só pode.
Andei tão desatenta no corredor que acabei entrando em uma sala que não era minha e nem tinha cara de ser de algum professor meu. Pedi desculpas para o professor e sai correndo, indo para a sala certa dessa vez.
    "Posso comer você".... O que ele esperava? Um sim!? Pois nunca vai receber um. Me sentei na cadeira no fundo da sala e olhei para o professor na frente dela, além de não ter conseguido dormir e nem tomar café da manhã, a primeira aula vai ser de química, nunca fui boa com matérias de ciências humanas, prefiro números e letras misturadas.
    Se eu tivesse aceitado aquele pedido, teria acontecido outra coisa ou seria exatamente como ontem? Como se já não bastasse, me recordei da conversa que tivemos ontem depois do inusitado pedido de Constantine.

Flashback

    Ele realmente esperou uma resposta, mas parece que só foi um tempo para perceber o que ele mesmo havia dito. Saiu de cima de mim tão rápido quanto tinha subido. Continuei deitada, meus olhos ficaram arregalados depois de ver o que ele tinha acabado de pedir.

- Foi mal, eu ah... - Ele passou as mãos no rosto, como se aquilo o fizesse pensar - Foi culpa sua!

- Culpa minha?! Primeiro pede desculpas para me culpar depois!? - Continuei olhando para ele, dessa vez incrédula com o que acabei de "escutar".

- Você quem estava sonhando! Não sei com quem, mas sei que não eram com carneirinhos!

- Me desculpe se tive um sonho erótico que te incomodou, posso dormir em outro quarto se quiser! Mas quem pediu para me comer foi você!

- Seria mais útil, você não escuta os seus gemidos, mas eu sim! Posso não gostar de você, mas ainda tenho desejos. Idiota - Ele deu um peteleco na minha testa e ficou de pé.

- Eu tenho certeza absoluta que não estava gemendo! Não me culpe por ter desejos desse tipo, se quer matar a sua sede de sexo peça para outra mulher - Ia bater nele, mas só desisti. Sei que não adianta, esse idiota parece gostar de sentir dor.

     Só o vi suspirar e sair do quarto.

Fim

    Aquele foi nosso último contato desde ontem, no café evitamos contato, no carro sentamos bem longe. Não sei como vai ser agora. Só não quero que me pergunte de novo bobagens como aquela, não gosto de "ouvir" aquilo.
    A aula não começava, a professora estava fora da sala de aula. Entrou 10 minutos depois do previsto, e já entrou falando. Olhei para ela, tentando não perder o que iria falar.

- Alunos, teremos um aluno novo a partir de hoje. Muitos já o conhecem - por que ela está olhando para mim?

    Isso vai fazer com que todos me olhem também, não quero isso. Me sento no fundo só para não me olharem e nem perceberem minha presença.
    Ela olhou para a porta quando desviou de mim...Só pode ser brincadeira!
Constantine entrou na sala, sério como sempre, com a mochila sob um ombro só e a mão no bolso. Não deveria estar aqui, por que está aqui? Alguém tire ele agora, ou eu quem vou sair!

- Ele errou de sala, a dele fica bem longe daqui - Falei sorrindo simpática, devo manter as aparências de boa esposa.

- Não escutou, querida? Foi transferido para essa turma.

- Desculpe, é que a senhora está um pouco longe - Parei de sorrir como se estivesse sem graça. É claro que não escutei.

- Enfim, vamos começar.

Marriage of ConvenienceWhere stories live. Discover now