𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬?

1.2K 81 55
                                    

Pov Morgan:

Me sinto cansada, mesmo que eu durma o dia todo, meu corpo fica molenga e exausto. Tine cuida de mim muito bem, faz carinho e me ajuda em tudo, briga com os enfermeiros se fazem algo errado - Quase o tempo inteiro. Ele cochila em qualquer oportunidade que encontra, quando ninguém está vendo ele deita ao meu lado na cama e fica fazendo cafuné, enquanto conta algumas histórias, realmente me trata como se fosse frágil ou fosse quebrar a qualquer segundo.
Íris vinha me ver às vezes. Ela é outra que me trata como uma porcelana, julgou a comida do hospital de todas as formas que conseguiu, se tivesse a oportunidade, invadia aquela cozinha e faria tudo ela mesma.
Tine ficou comigo todo tempo, auxiliando as enfermeiras em tudo o que elas faziam. Talvez ele tenha medo de me machucarem. Em poucos dias pudemos voltar para casa.
Eu ainda não podia levantar os braços e nem fazer esforços, Tine e Íris me ajudavam em tudo, até mesmo no banho. Não me deixavam ficar andando pela casa e nem ir aos lugares sozinha, Asterin era outro que ficava no meu pé. Sempre que me via levantar começava a latir, e como consequência, Tine e Íris iam ver.
De certa forma, virei prisioneira!

- Por que está emburrada?

- Não me deixam fazer nada!

- Porque você não pode fazer nada. - Virei a cara, com um bico. - Não seja assim, sabe que é para o seu bem.

- Me sinto a rapunzel.

- Só que sem uma Gotel. - Ele beijou meu rosto. - A culpa não é minha que você tem energia suficiente para construir uma casa por dia sozinha.

- Não tem graça.

- Não é para ter, você me fez comprar um lego.

- E nem consigo jogar direito, não posso levantar os braços!

- Por uma boa causa.

- Eu deveria te fazer comprar todos os jogos do lego.

- Se realmente for montar, não vejo porque não.

- Também quero as Barbies. - Fiz bico.

- Faça uma lista.

- Sério?

- Com certeza sim. - Sorri.

Ficamos conversando por algumas horas, ele ficou beijando meu rosto e me elogiando. Vai sentir falta dos meus peitos grandes? Com certeza, mas não acho que vá me desejar menos por isso. Sou a pessoa que ele anseia ter por perto, essa é uma certeza.
Íris veio nos chamar para comer, Tine me ajudou a levantar e ir para cozinha, só não pegou no colo porque não podia. Me deixou sentada perto da mesa, colocando a comida que Íris fez. Ela está fazendo comidas leves para mim, e eles também comem comigo, acho que para não me deixar sentida ou excluída.

- É para comer tudo que tem no prato.

- Não vou aguentar comer tudo. - Suspirei cansada só de ver o prato cheio. - Não posso comer menos?

- Não senhora.

- Eu não vou comer tudo. - Fiz bico, olhando para eles dois.

- Coma o quanto aguentar.

- Certo, mas eu quero a sobremesa depois! - Sorri.

- Bolo de chocolate com cobertura extra para você. - Íris disse sorrindo.

- Perfeito! Sempre esperei por isso.

Finalmente o bolo de chocolate com cobertura extra, estava necessitando disso. Mas também necessito de outra coisa, mas essa coisa está longe de alcance por enquanto, já que Constantine não iria seder antes de eu melhorar da cirurgia. Ou talvez cedesse, eu consiga convencê-lo com uma manha básica. Estou sonhando com a sensação da língua dele entrando em mim mais bem mais do que bolo com chocolate.
Comecei a comer quando Tine esticou o garfo com a comida para mim, me dando comida na boca. Íris observou quieta enquanto comia, conversando sobre diversas coisas mas de uma maneira calma. Preciso pedir desculpas para ela, já que só consigo encarar o Tine e pensar diversas formas de convencer ele a transar comigo. Seria hipócrita se não aceitasse, eu aceitei sentar na cara dele quando não podia fazer nada de outra forma! É retribuição de favor.
Terminei de comer rápido, estava com pouca fome até, deixei um pouco de comida no prato que eu não aguentaria comer ou pensar em comer.

Marriage of ConvenienceWhere stories live. Discover now