Sequestro

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"Saio de perto dela e vejo aquele monte de pessoas da produção novamente e logo percebo que todas as meninas já foram direto para o camarim. Vou correndo para lá enquanto algumas pessoas me parabeniza pelo show e eu faço o mesmo. Sem essas pessoas nada disso teria acontecido, até porque eram muitas pessoas. Vou chegando perto dos camarins e o som já está mais baixo, saio do local onde estava a lona e já consigo ver o céu estrelado da noite e o ar um pouco frio de Milão, ando naquele chão de terra e posso dizer que é um pouco difícil com essas botas mas nada impossível, quase consigo ver os lugares onde as meninas estavam no camarim até que tudo fica preto e mal consigo respirar."

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Abro os olhos lentamente e simplesmente parece que havia levado um soco no rosto. Minha cabeça doía como se tivesse levado uma pancada. Observo minha roupa através daquela escuridão toda mas ainda consigo ver que estou com a mesma que fiz o show. Tento me mexer daquela cadeira mas percebo que estou amarrada, tanto as pernas quanto os braços e quanto mais me mexia mais doía. O que está acontecendo?

Minha respiração começa a ficar mais rápida por conta do desespero em perceber que fui sequestrada. Onde eu estava? O que está acontecendo? Quem tinha feito isso? Penso em gritar mas pode ser que tenha alguém aqui. Exatamente do meu lado só esperando eu gritar para me atordoar novamente.

- Alguém? - Ouso a gritar. Eu estava literalmente desesperada. - Por favor, alguém me ajuda.

Não escuto nada, apenas grilos e o eco do lugar que estava.

- Tem alguém aí? Por favor me ajuda. - Começo a chorar sem nem mesmo perceber. Eu precisava sair dali.

Tento me mexer novamente mas meus pulsos e meus tornozelos parecem queimar. O ar parece sumir, não consigo respirar, minhas mãos treme. Por favor crise de ansiedade agora não.

- Droga. - Xingo sem nenhuma piedade até escutar uma porta ranjer e escuto passos vindo até mim. O lugar que eu estava literalmente fazia muito eco em até os passos da pessoa. - Alguém? - Falo novamente. - Por favor me ajuda.

De repente toda aquela escuridão some em tirar o saco da minha cabeça. Mal consigo abrir os olhos por conta da luz forte. Vejo um homem parado na minha frente, ele parecia estar de terno, mas ainda mal consigo enxergar seu rosto, a luz parecia estar direto em mim.

- Ora, Ora S/N. - Ele diz com um tom de sarcasmo. - Não parece ter muita marra agora não é mesmo?

Eu reconheço aquela voz. Só não lembro quem exatamente, mas eu tenho certeza que já havia ouvido. Ouso a levantar a cabeça novamente e o homem que estava embaçado nos meus olhos parece ficar com a imagem perfeita. Abro a boca praticamente sem acreditar. Aquilo simplesmente não tava acontecendo.

- Que foi? - Ele fala novamente. - O gato comeu sua língua?

- Senhor Sungmin? - Ainda encaro ele com a boca aberta.

- Aish... Você sabe falar meu nome, parabéns.

- O que você quer comigo? - Aumento o tom de voz furiosa. - O que pensa que está fazendo? Me tira daqui agora! - Tento me mexer para me soltar mas quando menos espero sinto a pancada do meu rosto fazendo-me virar enquanto sinto minha pele queimar por conta do tapa que havia levado.

- Cale sua boca! - Ele diz alto e se aproximando de mim, ouso a encarar o homem que está com os olhos brilhando de raiva com aspecto de quem queria me matar, será que ele teria essa coragem?. - Eu mando agora e você obedece.

- Porque está fazendo isso? - Minha voz é de choro mas não vou fazer, não vou dar esse gostinho para ele. Eu só queria entender por que o Senhor Sungmin estava fazendo isso comigo. O quão mal eu teria feito pra ele para chegarmos nesse ponto?

Colegas De Quarto//Jungkook Where stories live. Discover now