2.9: Dragon

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"Sim, é perigoso. Por isso mesmo é divertido"

 Por isso mesmo é divertido"

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Novembro de 1994

Harry sentiu que poderia gritar, dançar, comemorar como se tivesse ganhado a copa de quadribol, mas se concentrou no que acontecia naquele momento.

Draco o beijara.

Ele estava beijando Draco.

Ele não sabia o porque, mas parecia tão diferente de qualquer outro beijo que eles já tinham trocado...

O primeiro fora no meio do desespero, tão breve e distante que o que ficava na lembrança era a sensação da surpresa e do calor. Depois, após aquele verdade ou desafio, foi uma tentativa, para substituir o anterior tão caótico. Então, eles estavam tentando fugir dos dementadores, e aquele beijo deu-lhe forças, uma memoria forte o suficiente para protege-los.

Agora, porém, era outra coisa. Era como se fossem dois livros abertos, seus sentimentos expostos com cada reação, flutuando ao seu redor. Harry não esperava que Draco lhe dissesse aquelas coisas, mas era o que ele mais queria, bem no fundo do seu peito, enquanto negava a possibilidade dele ser o sortudo a ter o loiro para sempre.

Draco se afastou levemente, e o moreno viu seus olhos se abrindo com cautela, aquela confiança de antes diminuída, mas não sumida. Harry imaginou que veria uma nova pessoa, porque esse olhar nunca existira antes.

Ele sorriu para o garoto hesitante, e viu o momento em que ele relaxou completamente, aliviado. Encostaram as testas novamente.

- Então... eu sou o sortudo? - brincou Harry, satisfeito com a risada que borbulhou do peito do outro, tão gostosa e calorosa quanto chocolate quente.

- É, você é - Draco respondeu, rosa cobrindo as suas bochechas levemente. - E acho que eu sou também.

Harry sorriu grandemente, puxando o loiro para um abraço apertado, ambos relaxando.

O moreno sabia o que aquilo significava para Draco, além de encontrar o seu parceiro para a vida. Ele estava protegido da sua própria criatura, que o colocava em risco tentando atrair o companheiro. Harry sabia que a aceitação dos dois significava que aquilo iria parar, e que Draco se sentiria mais seguro ao andar pelos corredores, assim como ele mesmo se sentirá, com certeza.

Para ele mesmo, além disso, estava a satisfação nessa confirmação de que eles poderiam ser um do outro. Ele amava Draco, tinha certeza disso, e não poderia se imaginar com qualquer outra pessoa se não esse quem segurava.

Ao mesmo tempo...

- A tarefa amanhã... - ele sussurrou, sentindo suas mãos gelarem, um medo muito maior tomando conta dele. - E se...

- Não... Não pense nos "e se"s - Draco respondeu no mesmo tom, puxando o ar profundamente numa inspiração de quem toma coragem. - Nossa vida são feitas deles, Harry, não vamos ser reféns dessa possibilidade.

What you did in the DarkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora