2.14: And so it starts

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"O que é infinito? O universo e a ambição dos homens" - Leigh Bardugo

"O que é infinito? O universo e a ambição dos homens" - Leigh Bardugo

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Junho de 1995

Fazia uma hora que a terceira tarefa tinha começado, e Terry se sentia mais nervoso a cada minuto.

Ele podia sentir, no ar, que algo estava acontecendo. Era como uma eletricidade estranha, dando-lhe arrepios aleatoriamente, fazendo-o se assustar até com a própria sombra. Terry queria chamar a atenção de alguém, mas todos estavam muito focados e preocupados com o que acontecia no labirinto, mesmo que não pudessem ver nada.

Ele não aguentava mais.

Sufocado, ele disse aos outros que iria ao banheiro e que retornaria logo, correndo para fora das arquibancadas, desviando dos gêmeos e suas apostas e diversos torcedores que não pareciam desanimar mesmo cegos ao que acontecia naquele momento.

Terry correu para as margens do lago negro, tentando se acalmar. Ele sabia que era ansioso, mas havia muito tempo desde de que uma crise daquelas o atingira. Ela vinha rápido, quase impossível de conter. Seu coração batia forte, quase pulando para fora do peito, e suas mãos tremiam. Sua respiração estava cada vez mais pesada, mais difícil, e sua visão parecia se estreitar, pontos pretos surgindo em frente aos seus olhos mais rapidamente do que ele se lembrava.

Ele molhou seu rosto no lago, a água gelada ajudando a distrai-lo, mas o aperto no seu peito não saía. Ele observou as estrelas e tentou dizer todas as constelações que via, os mitos por trás dos seus nomes, suas historias. Isso sempre o ajudava. Era como seu pai o ajudava, e sempre funcionava, embora o abraço reconfortante pudesse ser um auxiliador que ele não possuía no momento.

Quando ele começou a nomear cada estrela, porém, um movimento chamou sua atenção.

Nas margens da Floresta Proibida, quando todo o resto da escola estava no campo de quadribol esperando o fim da terceira tarefa, não era difícil presumir que aquelas vestes chamativas pertenciam a Dumbledore -- só uma pessoa conseguia se vestir tão mal.

O diretor caminhava com cautela, olhando para os lados o tempo todo, como se temesse ser visto, por isso Terry se escondeu atras de uma árvore, tentando enxergar a direção que ele seguia. Ele queria alertar alguém, pedir socorro, sentindo que algo ruim poderia acontecer, mas não poderia perder Dumbledore de vista. Por isso, buscou um pedaço de pergaminho que guardava em seus bolsos e um lápis, e escreveu um bilhete pedindo ajuda ao professor Snape. Ele o enfeitiçou como um dos memorandos do Ministério da Magia e o lançou ao ar, esperando que o homem pudesse acha-lo, e seguiu o diretor.

Ele tinha parado em uma clareira, onde se encontravam uma meia, facas, adagas e poções. Terry achou que ele estava falando sozinho, remexendo nas suas coisas, então se aproximou ainda mais, tomando cuidado com as folhas secas e galhos caídos no chão, conseguindo ouvir um murmúrio:

- ... é pelo bem maior... o meu bem maior... por você...

Curioso e levemente assustado, Terry se inclinou ainda mais, apoiando em uma árvore, o que não foi uma boa ideia, já que um tronquilho, que saiu do seu esconderijo repentinamente, o assustou o suficiente para faze-lo perder o equilíbrio e cair com tudo no chão, fazendo o olhar do velho se direcionar a ele. Uma varinha estava em sua mão em segundos, e Terry se viu envolto em muitas cordas sem nenhuma palavra ser proferida.

What you did in the DarkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora