2.18: Unwanted connection

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"Artistas são pessoas movidas pela linha tênue entre o desejo de comunicar e o desejo de se esconder" - Donald Winnicot 

"Artistas são pessoas movidas pela linha tênue entre o desejo de comunicar e o desejo de se esconder" - Donald Winnicot 

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Julho de 1995

Hermione não sabia o que dizer aos questionamentos direcionados a ela.

"O que tinha acontecido?"

"O que Ollivander disse a Harry?"

A garota sentiu um arrependimento imediato de não ter seguido seu melhor amigo àquela salinha reclusa. Se sentiu impotente, sabendo que algo grande tinha acontecido a poucos metros de onde ela estava e não podia fazer nada para ajudar.

Seu pai a consolou, passando um braço pelos seus ombros em um apoio silencioso e bem vindo. Ela se deixou ser amparada pelo homem que a salvou, suspirando com o cheiro de ervas sempre impregnado nas suas vestes.

Sirius se aproximou, sentando do outro lado dela no grande sofá da sala de estar da mansão, e pegou a sua mão. Hermione não podia deixar de entender o porquê de seu pai ter se apaixonado por Sirius Black -- carinhoso, compreensivo, amoroso e protetor eram adjetivos que só começavam a descrever o homem. Ela se sentiu segura naquele momento, cercada de amor, curando as cicatrizes dos anos de abuso sofridos nas mãos dos seus pais biológicos.

Quando Dora apareceu, disse que Harry queria ficar sozinho com Draco, e que só falaria com eles quando estivesse pronto. Ela falou que havia uma profecia, mas que o moreno não se sentia bem para falar. Todos temeram o que poderia sair daquilo, mas resolveram não se torturar muito, seguindo o resto do dia como normalmente faziam..

Não era uma novidade muito grande Harry e Draco se trancarem no quarto por grandes períodos de tempo. Sabiam que não era relacionado a sexo e nem nada do tipo, mas sim uma necessidade do Potter de se deixar ser mais fraco por um momento, protegido pelo seu parceiro, aquele que deveria lhe dar o maior amor de todos. Por isso, fariam como sempre, e deixariam que eles se envolvessem no seu mundinho, esperando somente que algum pedacinho quebrado e torturado se curasse e permitisse sua aproximação novamente.

O dia fora monótono, como geralmente era. Hermione fez algumas de suas tarefas de verão, e leu mais sobre os feitiços e maldições extracurriculares que estavam aprendendo. Em um dado momento, seu nervosismo era tanto que ela resolveu extravasar na sala de treinamento do porão da mansão.

Era um cômodo que ela não tinha costume de visitar a menos que fosse necessário. Briga não era muito o seu feitio -- ela era muito mais do tipo de uma batalha verbal do que física --, por isso evitava aquele ambiente agressivo o máximo que conseguia. Ela sabia lutar, é claro -- vinha aprendendo desde que se mudara para lá, três anos atrás --, e realmente não era ruim, por isso resolveu que uma boa sessão com um dos sacos de pancada lhe fariam bem para tirar sua cabeça da confusão que tudo tinha sido nas ultimas semanas.

Já passava das oito da noite, seu jantar há muito assentado no seu estomago. Ela prendeu seus cabelos em um coque bagunçado, botou uma musica alta no toca discos, vestiu suas luvas e começou o trabalho.

What you did in the DarkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora