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A grande casa silenciosa, onde, por fora poderia apenas ouvir o som dos grilos naquela noite calma.

No interior da casa se encontravam o Sr. Park e seu filho na beira da escada se encarando. A raiva estampada no rosto do mais velho. Sem aviso prévio um som estalado de tapa foi ouvido seguido de um baixo gemido de dor.

Jimin estava com a mão na bochecha atingida quando olhou com ódio e medo para seu pai que começou a praticamente gritar em sua direção.

— Seu imbecil! — xingou o mais velho — Quantas vezes eu vou te que te falar? Eu não quero que você se encontre com esse garoto! — ele apontava o dedo na cara de Jimin enquanto falava.

— Por que não? — o mais novo ainda tocava com delicadeza a bochecha atingida.

— Por que? Você sabe o que as pessoas estão dizendo pelas suas costas? — o mais velho gritava.

— Quem se importa com o que os outros dizem, pai? — Jimin falou no mesmo tom — Você se importa? — seu pai respirou fundo.

— Eles estão dizendo que você é um viadinho, Jimin. — dava para ver o nojo nas palavras de seu pai. — Estão tirando uma com a sua cara. — Jimin olhou para seu pai e quando ia o responder seu pai voltou a falar — Você está bem com isso, Park Jimin?

— Eu sou seu filho. — sua voz estava quase chorosa — Você se importa mais com eles do que comigo?

— Por que você é meu filho... É por isso que não posso aceitar isso! — todas as palavras eram ditas com uma certeza que Jimin via nos olhos do mais velho — Se lembre disso, você nunca mais vai ver ele! Se voltar a vê-lo, não me chame de pai. — falou já desferindo outra tapa no rosto do mais novo e saindo do cômodo.

Jimin andou até a parede próximo e se encostou na parede e sem conseguir mais segurar, caiu a primeira lágrima sendo seguida de várias outras. O choro silencioso não era ouvido mais ninguém. Caiu sentado no chão e afundou as mãos nos cabelos. Estava cansado. Não sabia se iria aguentar mais essa convivência com seu pai. Era seu pai e ele não o aceitava. Mas também não iria parar de ver Namjoon só porque seu pai havia mandado. Ele o amava, o amava muito para o deixar.

Mesmo que seu pai não aceite, ele iria fazer o que estivesse em seu alcance para ficar aí lado de Namjoon e nada iria o impedir disso, Jimin pensava.

[...]

Na mesa do restaurante estavam Taehyung, Yoongi, Jungkook, Hoseok, Jin e Dahyun. Eles se encontraram e resolveram jantar juntos. Assim que chegaram no restaurante se instalaram em alguma paralela até que Dahyun começou a contar sobre a peça que ela participou na faculdade que contava a história de uma menina que tinha um fio vermelho amarrado em seu dedo e então ela embarca em uma jornada para descobrir onde termina esse fio vermelho, Jungkook acabou perguntando o significado do tal fio vermelho e comentou que se acordasse com um amarrado em seu dedo ele apenas cortaria e Jin logo disse que ele não era nada romântico e se perguntando como ele havia conquistado Hoseok que apenas riu.

Hoseok que entendia um pouco sobre explicou que os japoneses acreditavam que almas gêmeas tinham um fio vermelho amarrado em seus mindinhos esquerdos que simbolizava um vaso sanguíneo do coração, amarrando uma pessoa com aquela que ela está destinada a estar. Yoongi sorriu com a explicação do amigo e perguntou se Jungkook havia entendido. Hoseok disse que era crença e mostrou uma foto em que estava Taehyung e Yoongi com um fio vermelho amarrado em seus mindinhos um do lado do outro fazendo Yoongi ficar vermelho de vergonha e arrancando gargalhadas dos outros na mesa. Jungkook logo disse que os dois eram almas gêmeas. Dahyun acabou comentando sobre uma lenda chinesa que falava que o fio vermelho de pessoas destinadas eram amarradas em seus tornozelos.

Until We Meet Again - taegiWhere stories live. Discover now