Lisa Ferraz é brasileira e irmã de um dos melhores pilotos de Fórmula 1 atualmente, mas tudo em sua vida começa a desandar quando o destino parece querer juntar ela e o maior rival do seu irmão.
Liam Byrne, nunca foi de responder a ninguém. O piloto...
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— Maior? — Ela me pergunta descaradamente
— Para com isso, Bri, esconde essa mão. — Falo.
— Pela sua carinha é maior — Ela aumenta a distância entre as mãos se referindo ao tamanho de uma parte do irlandês.
— Discrição, por favor, amiga. — Quase imploro arregalando meus olhos.
— Me conta primeiro e depois eu me torno discreta. — A safada chantageia.
— Você nunca é discreta. — Esclareço.
— Então você sabe. — Ela dá uma risadinha e eu acompanho — Mas então...
— Minha nossa, Bri, qual foi a parte que você não pegou?
— Vamos ver se eu entendi tudinho. — Ela começa. — Quer dizer que você dormiu com o maior oponente do seu irmão, o cara que vocês desprezam. O mundo acha que ele é o senhor perfeitinho, mas só os irmãos Ferraz, ou seja vocês, sabem que na verdade ele é a pessoa mais arrogante que existe, com uma língua afiada e presas que justificam o estado do seu pescoço...
— Mas o que? — Toco ele até ver a risadinha de Brielle.
— Enfim e aparentemente mesmo que seu irmão não fosse o principal rival do cara, por você trabalhar na Lanzot e o Liam trabalha na ULTRA, qualquer relacionamento ou interação que ultrapassa a barreira da simpatia e que apresente o mínimo de intimidade pode envolver algo como demissões, multas e processos. Tudo isso para prevenir qualquer informação que pode vir a ser vazada. — Ela respira fundo. — Além disso tudo isso, você não se lembrava da "sua noite do pecado" e agora flashbacks vem aparecendo em momentos inoportunos, entendi tudo certinho?
— Uau, acho que sim. — Concordo chocada, principalmente pela dicção perfeita.
— Amiga você tá ferrada!
— O quê? Por quê? — Pergunto com medo.
— Por que sim — Ela fala abrindo o celular.
— Terra chamando Brielle, não sei se vocês têm essa frase aqui, mas lá no Brasil falamos que "Por que sim ou por que não" não é resposta.
— Interessante. — Ela diz, ainda mexendo no celular, percebo que abre o calendário.
— Pelo amor de Deus, amiga. — Exclamo. — Estou enlouquecendo aqui. O que está fazendo no aplicativo do calendário?
— Vendo quando vai ser o casamento de vocês.
— Bri, você enlouqueceu? — Encaro-a arregalando os olhos. — Não vou me casar com ele.
— Ah! Vai sim, está destinado.
— Doida, como assim? — observo e vejo que ela está com a cabeça nas nuvens.
