Capítulo 18

34 7 0
                                    

A mesa que estamos é para quatro pessoas, inscientemente a cadeira que arrastei para Lisa sentar estava na frente de Regan

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

A mesa que estamos é para quatro pessoas, inscientemente a cadeira que arrastei para Lisa sentar estava na frente de Regan. Sobrando os assentos ao lado dela para eu me sentar.

Claro que a minha distância entre ela e eu é a mesma que eu e Regan, mas mesmo assim estou sentado ao lado dela.

Sem transparecer em meu rosto reflito tudo o que captei hoje.

Lisa está na minha casa, jantando.

E ela mora na porta à frente.

Suspiro, deixando que o ar saia pela minha boca para não fazer barulho.

Faço um agradecimento antes de comer e a mulher dos meus pesadelos me olha surpresa. Olho-a rapidamente e logo volto a encarar a refeição.

Regan serviu nós dois antes de colocar um pedaço para ele mesmo, tudo isso com um sorriso bondoso no rosto. Quero matá-lo e provavelmente antes dessa noite acabar eu vou.

Não contei nada que aconteceu entre eu e a Ferraz para ele. Ainda assim, imagino tudo que ele aprontaria se soubesse. Com uma pequena e rápida olhada para mim, sei que conversaremos assim que Lisa voltar para casa dela. A casa dela que está a menos de cinco metros da porta da minha.

É aí que eu escuto um barulho. Um som, infelizmente, familiar para meus ouvidos. Olho para quem o emitiu.

— Hm, caramba! Isso tá muito bom. — Depois de gemer de satisfação pela comida, ela elogia Regan.

A mulher estava apontando para o pedaço de pizza em seu prato, mas juro que se eu fechasse os olhos e ouvisse o que ela disse de novo conseguiria imaginar várias situações em que a frase se encaixaria. E se encaixaria muito bem.

O Regan já é bem metido em relação a comida, não precisamos que ele gabe-se mais. E não precisamos ouvir esses grunhidos de aprovação vindos de Lisa.

— Pode parar, por favor? — Sussurro para que só ela ouvisse.

— Não vou parar de comer porque você está me pedindo, Byrne. — Ela retruca com a voz igualmente baixa.

— Pare de gemer. — Quando falo isso, ela se dá conta dos barulhos que havia feito, mas como ela é teimosa, ela simplesmente me retruca.

— Você não manda em mim, Byrne. Deixe-me comer em paz. — Assim que ela diz, ainda em um tom que somente nós dois conseguiríamos ouvir, Regan sai da mesa falando que iria pegar as bebidas.

Coloco minha cadeira ainda mais perto dela.

— Eu só estava pedindo educadamente para que parasse de gemer no meio do jantar. — Mesmo que meu amigo não estivesse na mesa, continuei sussurrando.

— Porque se incomoda? — Pergunta olhando nos meus olhos. — O quanto mais rápido eu terminar de comer eu vou embora e não foi... um gemido sexual, sabe? Foi elogiando a comida do seu melhor amigo.

Príncipe dos CircuitosWhere stories live. Discover now