Capítulo 12

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— Preparei o quarto de vocês. — Diz Nádia Valentim, mais conhecida como minha mãe.

Quando a maré começou a mudar para nós e todo o investimento dos meus pais em meu irmão apareceu rendendo muito bons lucros nós mudamos para um condomínio fechado em um bairro nobre em São Paulo.

Não consideraria uma casa de alto padrão, sei que é um bairro bem valorizado, mas vivendo no meio desses luxos proporcionado para os pilotos.

Estávamos eu, Theo e nossa mãe passando pelos corredores conforme ela falava e apontava para frente.

— Não vamos dormir no mesmo quarto. — Falamos ao mesmo tempo.

Nossa casa tinha quatro quartos, o quarto de nossos pais, o nosso quarto, o escritório e o nosso escritório. Apesar da nomenclatura formal, era apenas os lugares onde fazíamos trabalhos e tarefas escolares.

O olhar de nossa mãe era de pura repreensão e silenciosamente mandava-nos entrar no nosso antigo quarto.

Ainda estava como me lembrava, duas camas de solteiro, uma de cada lado do lugar. A decoração demarcava qual dos espaços era de quem, as minhas paredes eram pintadas de cinza claro e tinha uns adesivos no formato de bolinhas cor de rosa. Eu achava incrível o meu lado.

Theo preferiu algo mais intenso, eu diria.

Um papel de parede com aparência de tijolos pretos e quadros minimalistas com fundo vermelho cobriam a parede. Em uma decoração bem dramática.

Foi impossível não franzir o cenho para o quarto, era uma mudança brusca de decoração e achávamos o melhor quarto do mundo.

— Mãe, como está o nosso escritório? — Pergunta meu irmão.

— Não mexi em nada, está do jeito de sempre.

— Cabe uma cama de casal lá? — Ele fala e eu tento entender aonde aquele pensamento vai acabar.

— Provavelmente.

Assim que ela responde isso, Theo pega um celular, digita algumas coisas e o guarda. Eu e minha mãe ficamos nos encarando tentando entender o que ele estava fazendo.

— Vocês têm uma moedinha para me dar? — Pergunta fitando nós duas.

— Tá pedindo dinheiro agora? — Zombou minha mãe.

— Quem é que fica andando com moedinha nos dias de hoje? — Falo e ele mexe as sobrancelhas considerando um bom ponto.

— Beleza, vou explicar. — Diz Theo. — Acabei de pedir duas camas de casal, porque não vamos dormir nessas camas, mãe.

A mulher olha para ele de um jeito assustador e Theo engole em seco.

— O que eu quis dizer, mãe linda que eu amo muito, é que estamos muito grandes e que o colchão já é bem antigo. — Continua reformulando toda a frase — Aliás, acredito que uma cama de casal para cada um de nós seria o ideal, bem mais confortável.

Príncipe dos CircuitosWhere stories live. Discover now