Capítulo 15

26 5 0
                                    

Chego ao restaurante japonês no horário, para variar

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Chego ao restaurante japonês no horário, para variar.

Precisava urgentemente comer algo saudável depois da pipoca como almoço e pedir uma pizza para a janta.

Encontro minha companhia na nossa mesa de costume e Brielle já se levanta quando me vê.

— Uau, chegou no horário certinho, parece que eu não vou morrer de fome, então. — Quando ela profere essas palavras eu viro de costas e caminho, fingindo voltar para a porta da frente e sair do restaurante. — Para com isso, palhaça!

Quando nos acomodamos nos assentos e pedimos a entrada, Bri fita meus olhos.

— O que Byrne fez dessa vez? — Minhas sobrancelhas se contraem.

— Por que acha que ele fez alguma coisa? — Pergunto com um tom irônico.

— Hm, deixa eu pensar, talvez seja por causa das centenas de áudios que me mandou ontem e do nada sumiu, só voltou para marcar para nos encontrarmos hoje. — Quando eu ia interromper, ela continua com um tom mais alto. — E mandou a mesma mensagem misteriosa que tinha me enviado da última vez. Por que não fala de cara que quer conversar sobre ele?

— Tenho medo de, sei lá, cometer um crime.

— Quê? — Indaga com um sorriso no rosto.

— Já pensou se eu falar o quanto ele me irrita, às vezes só por causa do sorrisinho convencido dele, e desejar que ele sumisse? — Falo tudo de uma vez, quase me atropelando com a velocidade que as palavras saem da minha boca. — Vou ser a primeira a ser investigada e aí vão ver minhas mensagens.

— Calma, louca. — Ela dá uma risada. — Ninguém sabe dessa afeição entre vocês.

— Afeição? — Corrijo-a. — Acho que você quis dizer desafeição. 

— Tanto faz. — Bri sorri como se soubesse mais da minha situação do que quer contar e finaliza. — Provavelmente procurarão Theo, não você. Essa relaçãozinha de ódio, só vocês sabem que possuem, talvez nem Liam saiba.

— Ah, ele sabe, deixou bem claro isso ontem.

— Ontem? — As sobrancelhas dela se erguem tão rapidamente que nunca imaginei que fosse possível.

Eu suspiro e bem na hora que iria contar o garçom vem trazendo nossos pedidos. A mulher com os cabelos da cor de mel bate os dedos na mesa constantemente, indicando que está ansiosa para darmos continuidade ao assunto, mas o sorriso no rosto dela me assusta.

Assim que o moço deixa as entradas na mesa, percebo o alívio da minha melhor amiga.

— Com licença, — Falo para o garçom. — Será que já posso pedir o prato principal para enviarem depois da entrada?

— Claro, senhorita. — Ele nem se dá conta do olhar que Bri fornece a mim, se pudesse matar eu já estaria até enterrada. — Quer um cardápio?

— Não precisa. — Viro-me para Brielle. — Estava pensando em Uramakis, o que acha?

Príncipe dos CircuitosWhere stories live. Discover now