Capítulo 9

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Almoçamos em um refeitório privativo da clínica de reabilitação e Cara contou-me toda a rotina dela naquele lugar

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Almoçamos em um refeitório privativo da clínica de reabilitação e Cara contou-me toda a rotina dela naquele lugar. É óbvio que como um bom irmão, já estava ciente até do seu cronograma anual, mas fiquei bem quieto e escutei sua empolgação ao falar do lugar.

Ela realmente gosta daqui. E de todas as pessoas que estão aqui também, mas essa é uma característica típica dela.

Me contou que alguns pacientes a reconheceram, isso pensei que seria um problema, mas ela jurou que ninguém ia falar nada sobre pois apreciavam muito o trabalho dela. 

Eu confio em pouquíssimas pessoas, por esse motivo eu estimulei para que minha irmã falasse mais sobre e acabou por deixar escapar o nome de todos os que notaram-na. Farei uma pesquisa sobre eles depois e se precisar contratar um investigador particular o farei com muito prazer.

Após uma atualizada geral de todas as fofocas que rolam a solta sobre os funcionários daqui, descobri que um enfermeiro casado vai ter gêmeos com a irmã da esposa, a avó da recepcionista faleceu, o novo instrutor da academia é realmente muito sarado - palavras de Cara que declarou isso com um brilho nos olhos, o que me fez trincar os dentes -, o filho de uma médica aqui de oito anos está namorando uma garotinha da mesma idade e uma jovem enfermeira saiu do emprego - este, no caso - e vai se dedicar ao sonho de ser atriz.

Para essa última informação, Cara piscou os olhinhos de uma maneira estranha e virou a cabeça para o lado.

— Certo, qual é o nome dela?

— Felicity Murphy. — Ela falou com um sorriso gigantesco no rosto. — Você sabe que você é o melhor irmão do mundo, não sabe.

— Imagino que sou sim, sua bajuladora. — Eu replico sorrindo. — Vou ver no que posso ajudar.

— Ela vai tentar papéis em Londres. — Vejo um lampejo de dor em seus olhos, mas some rapidamente. — Se puder ajudar, ajude lá.

— Certo, vou falar com algumas pessoas.

— Já pensou em fixar sua residência lá? — Percebo que a pergunta dela tem boas intenções, mas examino-a bem. — Acho que fica mais lá.

— Gosto de morar aqui em Dublin.

— Eu sei que gosta, mas lá é mais próximo da ULTRA, você descansa poucos meses aqui e depois precisa se hospedar lá para se preparar para as novas temporadas.

— Eu sei. — Concordo.

— Você deve pagar uma fortuna em hotéis londrinos. — E minha irmãzinha acerta mais uma vez.

— Eu sei.

— Por que você não...

— Quero ficar perto de você. — Olho no fundo dos seus olhos e completo. — E da vovó.

Ela dá um risinho.

— Ela é doida, mas não vivemos sem ela, né? — Diz Cara.

— Não.

Príncipe dos CircuitosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora