Cap 14 - Seu pai me enviou

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CAPÍTULO 14

Alexander estava concentrado unicamente em chegar até Magnus, por isso, não percebeu que o homem o seguia até que houvesse atravessado metade do pátio.

- Polícia! Alto!

Então, ouviu claramente o som familiar da arma sendo engatilhada em sua direção.

- Coloque as mãos onde eu possa vê-las!

Alexander sentiu o cheiro do Alfa e sorriu, a luxúria fora substituída por agressividade, e o desejo de lutar era tão forte como havia sido antes o desejo sexual. O cara estava com a corda toda.

-Eu disse mãos para cima!

Alexander parou e procurou na jaqueta uma de suas estrelas, tira ou não, eliminaria aquele humano com um bom corte na artéria. Mas, então, Magnus abriu a porta corrediça.

Alec o farejou no ato, sentindo seu pênis enrijecer instantaneamente.

-As mãos!

-O que está acontecendo? - quis saber Magnus.

- Volte para dentro - bradou o humano. - As mãos, cretino! Ou abrirei um buraco na sua cabeça!

A essa altura, o policial se encontrava a poucos metros de distância e se aproximava rapidamente. Alexander ergueu as palmas das mãos. Não iria matar na frente de Magnus. Além disso, aquela pistola estaria colada nele em questão de três segundos. E nem ele seria capaz de sobreviver a um disparo à queima-roupa.

- Zee...

- Magnus, quer sair daqui caramba? -Uma pesada mão segurou com força o ombro de Alexander. Ele deixou que o tira o empurrasse contra o edifício.

-Quer me dizer o que está fazendo perambulando por aqui? - ordenou o humano.

-Saí para passear - disse Alexander - e você?

O policial agarrou primeiro um braço de Alexander e depois o outro, e os puxou para trás. Algemou-o rapidamente. O cara tinha muita prática com aqueles aros metálicos.

Alexander olhou para Magnus, pelo que conseguia ver, tinha, diante do peito, os braços cruzados com força. O medo espessava o ar à sua volta, convertendo-o em um manto que o cobria da cabeça aos pés.

Que beleza de situação, pensou, o ômega estava morrendo de medo dele novamente.

- Não olhe para ele - disse o policial, empurrando o rosto do Alexander para a parede.

- Como se chama?

- Alexander - respondeu Magnus, -disse-me que se chamava Alexander.

O humano praticamente rosnou para Magnus

- Você tem algum problema de audição, doçura? Fora daqui!

- Também quero saber quem ele é.

-Darei a porra de um relatório por telefone amanhã pela manhã, valeu?

Alexander grunhiu. Não podia negar que fazê-lo entrar era uma ideia excelente, mas não gostava da forma como o policial estava falando com ele.

O humano revistou os bolsos da jaqueta de Alexander e começou a confiscar-lhe as armas, três estrelas ninja, uma navalha automática, uma pistola, uma corrente.

- Pela madrugada! - murmurou o policial, enquanto deixava cair os elos de aço no chão, com o restante das armas. - Tem alguma identificação? Ou não deixou espaço suficiente para levar uma carteira, considerando que carrega cerca quinze quilos de armas escondidas?

Anjo Sombrio (MALEC)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt