Cap 18 - Presas

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Olá, tudo bem? espero que todos estejam maravilhosos...

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-------------Boa Leitura--------------


CAPÍTULO 18

Magnus respirou fundo, e hesitante, estendeu as mãos para as paredes de pedra. O ar não cheirava a mofo, ali também não havia uma umidade pegajosa ou algo do gênero, simplesmente estava muito escuro.

Desceu pelos degraus lentamente, avaliando o caminho. As lanternas pareciam vagalumes, iluminando mais a si mesmos do que a escada. Então, chegou ao final. À direita, havia uma porta aberta, e ali percebeu o cálido resplendor de um candelabro. O aposento era igual ao corredor, paredes negras, fracamente iluminado, mas limpo. A luz das velas tremia ligeiramente. Perguntou-se, ao colocar sua bolsa sobre a mesa de centro, se Alexander dormia ali.

Pelo menos, o tamanho da cama era proporcional a ele.

E aquilo eram lençóis negros de cetim?

Supôs que ele já levara muitos ômegas àquela sua toca. E não era preciso ser um gênio para imaginar o que acontecia uma vez que fechava a porta.

Ouviu correr o ferrolho e seu coração disparou.

- Então, conte-me sobre o meu pai - disse rápido.

Alec passou por ele e tirou a jaqueta. Por baixo dela vestia uma camiseta sem mangas, e ele não pôde ignorar a ostensiva robustez de seus braços enquanto seus bíceps e tríceps se retesavam ao largar a jaqueta em um canto. Viu-lhe de relance as tatuagens nos antebraços quando ele tirou dos ombros o coldre vazio, sem as adagas.

Foi ao banheiro e ele escutou a água correr. Quando retornou, secava o rosto com uma toalha. Colocou os óculos escuros antes de olhar para ele.

-Seu pai, Asmodeus, era muito valoroso -Alexander atirou a toalha para o banheiro, de maneira despreocupada, e caminhou para o sofá. Sentou-se inclinado para frente, com os cotovelos apoiados nos joelhos.

-Era um aristocrata no antigo país antes de se converter em guerreiro. Ele é... ele era meu amigo. Meu irmão no trabalho que faço.

Irmão. Continuava usando essa palavra.

Eram da Máfia. Não restava dúvida.

Alexander sorriu para si, como se recordasse de alguma coisa agradável.

- A. tinha muitas habilidades. Era rápido com os pés, tinha uma inteligência brilhante, era bom com uma faca. Mas, além disso, era culto. Um cavalheiro refinado. Falava oito idiomas. Estudou de tudo, desde religiões até história da arte e filosofia. Podia falar durante horas sobre Wall Street e, logo em seguida, explicar por que o teto da Capela Sistina é, na realidade, uma obra maneirista e não do Renascimento.

Alexander se recostou, apoiando o poderoso braço no encosto do sofá. Deixou os joelhos caírem para os lados, coxas afastadas. Parecia muito à vontade enquanto puxava para trás o longo cabelo negro. Tremendamente sensual.

-Asmodeus nunca perdia a calma, por mais feias que as coisas ficassem. Sempre se concentrava no trabalho que estava fazendo até terminá-lo. Morreu contando com o mais profundo respeito de seus irmãos.

Alexander realmente parecia sentir falta de seu pai. Ou quem quer que fosse o homem que estivesse usando com o propósito de...

O que ele pretendia exatamente? Magnus se perguntou. O que ganharia inventando todo esse lixo?

Bom, ele estava no seu quarto, não?

-E Fritz me disse que o amava profundamente.

Magnus franziu os lábios.

Anjo Sombrio (MALEC)Место, где живут истории. Откройте их для себя