Cap. 38 - Não Sou Indigno

32 6 0
                                    


CAPITULO 38

Nunew sorriu, pensando que, quanto mais tempo passava com o humano, mais bonito ele lhe parecia.

-Então ganha a vida protegendo a sua espécie. Isso é bom.

Ele se aproximou dele um pouco mais no sofá.

-Bem, de fato não sei o que vou fazer agora. Tenho o pressentimento de que terei de conseguir outro emprego.

Um relógio bateu as horas e levou o omega se perguntar quanto tempo tinham ficado juntos. E quando nasceria o sol.

- Que horas são?

- Passa um pouquinho das quatro.

- Tenho de ir.

- Quando posso vê-lo outra vez?

Nunew se levantou.

-Não sei.

-Podemos sair para jantar? - levantou-se de um pulo - Almoçar? O que vai fazer amanhã?

Nunew teve de rir.

- Não sei.

Nunca antes a tinham o cortejado. Era bom.

- Ah, que inferno - murmurou ele. - Estou arruinando tudo me mostrando tão ansioso, não é? - levou as mãos aos quadris e baixou os olhos para o tapete, chateado consigo mesmo.

Nunew deu um passo adiante. A cabeça de Zee se ergueu de repente.

- Vou tocá-lo agora – disse Nunew suavemente - antes de partir.

Os olhos do homem brilharam.

- Posso, Zee?

- Onde quiser - sussurrou ele.

Nunew ergueu a mão, pensando que só a pousaria sobre o seu ombro. Mas seus lábios o fascinavam. Observara-os moverem-se enquanto falava, e se perguntava como seria sua textura e seu sabor.

- Sua boca - disse ele - eu a acho...

- O quê? - perguntou ele com voz rouca.

- Maravilhosa.

Colocou as pontas dos dedos sobre seu lábio inferior. Ele inspirou com tal força que inalou o perfume da pele de Nunew, e quando o exalou com um estremecimento, ele voltou para o omega quente e úmido.

- É macia - disse ele, roçando-a com o dedo indicador. E fechou os olhos.

Seu corpo emanava um perfume embriagador. Nunew tinha percebido a sedutora fragrância no momento em que pusera os olhos nele pela primeira vez. Agora, saturava o ar.

Curioso, deslizou o dedo para dentro de sua boca. Os olhos de Zee se arregalaram.

Sentiu-lhe os dentes dianteiros, estranhando a ausência de presas. Ao se aprofundar mais, sentiu o interior escorregadio, úmido, cálido. Lentamente, os lábios dele se fecharam ao redor daquele dedo, lambendo a sua ponta com movimentos circulares.

Uma onda de prazer percorreu o corpo do omega.

- Oh...

Os mamilos formigavam e alguma coisa acontecia entre as suas pernas. Sentiu-se dolorido. Faminto.

- Eu quero... - não soube o que dizer.

Ele segurou sua mão e jogou a cabeça para trás, sugando todo o dedo inteiro até que ele saiu de sua boca. Com os olhos fixos nos dele,

virou-lhe a palma da mão para cima, lambeu o centro e pressionou os lábios contra sua pele.

Nunew se reclinou nele.

Anjo Sombrio (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora