Cap 50 - Dois guardiões torturados.

19 2 0
                                    

CAPİTULO 50

Por quase uma hora, Magnus observou seus dois sequestradores correndo de um lado para o outro como se estivessem convencidos de que Alexander viria procurá-lo a qualquer momento. Mas como saberia onde estava?

Não era provável que o cara loiro tivesse deixado uma nota de resgate. Pelo menos, não que ele tivesse notado.

Tentando se livrar uma vez mais daquelas tiras metálicas que o prendiam, olhou para o outro lado do celeiro. O sol estava se pondo,as sombras começavam a se alongar sobre a grama e o caminho de cascalho.

Enquanto Billy fechava as portas duplas, ele pôde vislumbrar uma última imagem do céu escurecendo, e, então, o viu correr as grossas trancas da porta.

Não tinha dúvida de que Alexander viria procurá-lo. Não tinha a menor dúvida. Mas, certamente demoraria horas para encontrá-lo, e não estava certo de que tinha tanto tempo.

Billy Riddle olhava seu corpo com tanto ódio, que temia que mais cedo ou mais tarde perdesse a razão. Provavelmente, mais cedo.

- Agora é esperar disse o homem loiro, consultando o seu relógio. – Não demorará muito. Quero você armado. Coloque uma pistola na cintura e prenda uma faca no tornozelo.

Billy armou-se com verdadeiro entusiasmo. E teve fartura para escolher. Havia semi automáticas, espingardas e facas afiadas para equipar todo um destacamento militar.

Depois de escolher uma faca de caça de trinta centímetros, virou-se para olhá-lo, As palmas das mãos dele, antes frias, agora estavam úmidas de suor.

Ele deu um passo adiante. De repente, Magnus aguçou o ouvido e olhou para a direita, ao mesmo tempo em que os dois homens. O que era aquele som? Era como um ribombar.

Um trovão? Um trem? Cada vez soava mais forte. E logo ouviu um estranho tilintar, como o agitar de um sino dos ventos.

Sobre a mesa onde se encontrava a munição alinhada, balas soltas quicavam e se chocavam entre si.

Billy olhou fixamente para o líder. -Que diabos é isso?

O homem respirou fundo enquanto a temperatura ambiente caía vertiginosamente. - Prepare-se, Billy.

O som se converteu em um rugido. E o celeiro tremia com tamanha violência, que o pó das vigas caía, formando uma fina neve que se espalhava pelo ar, turvando a visão como uma espessa névoa.

Bily ergueu as mãos para proteger a cabeça. As portas do celeiro se despedaçaram ao serem totalmente abertas por uma fria explosão de fúria. A construção inteira se moveu sob a força do impacto, vigas e tábuas estremeceram e rangeram.

Alexander ocupava a soleira da porta, o ar ao seu redor vinha carregado de vingança, de ameaça, de promessa de morte.

Magnus sentiu seus olhos fixos em si, e logo um estrondoso rugido de guerra saiu de sua garganta, tão forte que lhe feriu os ouvidos.

A partir de então, Alexander fez a festa. Com um movimento tão rápido que seus olhos não puderam acompanhá-lo, dirigiu-se para o loiro, agarrou-o e o arremessou contra a porta de um estábulo. O homem pareceu não se alterar e atacou Alexander com um murro no queixo. Os dois lutaram e golpearam-se mutuamente, chocando-se contra as paredes, quebrando tudo que encontravam em seu caminho. Apesar das armas que levavam, preferiram o combate corpo a corpo, a expressão selvagem, os lábios apertados e seus tremendos corpos causando estrago e sofrendo golpes.

Magnus não queria olhar, mas não podia afastar a vista. Ainda mais quando Billy pegou uma faca e partiu em direção às costas de Alexander. Com um giro feroz, ele o agarrou e arremessou pelos ares. O corpo de Riddle voou até aterrissar no outro extremo do celeiro.

Anjo Sombrio (MALEC)Where stories live. Discover now