•54-what is fuck?•

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Pov's Owen

Em um segundo eu estava sobre Lily, segurando suas mãos sobre sua cabeça e apertando levemente seu pescoço para que ela parasse de se debater.

Eu sentia meu cheiro e o dela mudar para aquele cheiro típico de excitação.

Imaginava poder fazer as coisas mais obscenas e pecaminosas com aquela fêmea porque ela simplesmente me enlouquecia desde a primeira vez que eu a havia visto.

E no outro, o joelho dela encontrava a área mais sensível do meu corpo.

Aquilo era pior do que um balde de água fria .

Eu ainda estava deitado no chão do ringue, me concentrando em tentar afastar a dor que se acumulava lá embaixo, mas olhei para o lado a tempo de ver a Florzinha sair batendo os pés.

Eu adorava irritá-la com aquele apelido.

Sabia que estava brincando com fogo, mas ver aqueles olhos acinzentados brilharem prateado era fascinante.

- Eu te avisei cara!- Hakon disse se aproximando de mim.

O moreno estendeu a mão enquanto me olhava e por alguma razão, senti que ele só viera me ajuntar por já ter sofrido a mesma coisa nas mãos de Lynae.

Me levantei, segurando um leve gemido de dor antes de sair do ringue.

- Eu acho que já deu por hoje...- falei para o general que me olhava com certa raiva desde que a filha sairá bufando.

Ele também me assustava. A mãe dela também. E a irmã.

- Eu também acho.- a voz dele saiu grossa e ríspida, seguida de um leve rosnando.

Nestha, que estava ao seu lado, lhe deu um leve cutucão nas costelas. Mas me olhou de cima a baixo antes de falar qualquer coisa.

- Cuidado, garoto.- a fêmea passou a mão pela barriga inchada e saiu andando. Indo em direção a mesma porta que a filha havia usado.

Eu teria a observado sair da área de treinamento se mais um rosnado do general não tivesse chamado minha atenção para sua pessoa. E além dele.

Onde a família de Lily me observava com olhos de águia.

Apenas Hakon, Pólux e Adhara tinham leves sorrisos maliciosos no rosto.

Até Nair me encarava de um jeito que eu sabia que a fêmea enxergava até minha alma, que via todos os meus pecados.

Não fiquei parado ali por muito mais tempo.

Talvez eu tenha cogitado a ideia de bater na porta do quarto da Florzinha para pedir desculpas.

E realmente teria feito se ela também não tivesse ficado levemente excitada e olhado para minha boca como se fosse devorá-la.

Então apenas bati a porta de meu quarto com certa força e me joguei na cama.

Tinhamos ficado nesses jogos de provocação durante um mês.

Um mês de palavras e insinuações afiadas um com o outro. Uma adaga no pescoço aqui e ali.

E em praticamente todas as vezes, para mim pelo menos, terminavam com um tesão do caralho acumulado em meu corpo.

E uma parte minha desejava que ela se sentisse o mesmo.

E em outra eu sentia ressentimento por me sentir daquela maneira.

Eu sabia sobre o bloqueio de Lily desde seus dezoito anos... Ninguém merecia passar por isso.

A Corte de Estrelas Congeladas (ACOTAR+TOG)Where stories live. Discover now