Quando o destino decide não facilitar a vida de Quinni Clark, ele vai fundo em cumprir esse objetivo. A garota em plena pressão acadêmica, a proximidade das férias de inverno juntamente com o casamento da mãe e as mentiras das duas melhores amigas...
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Limpar e servir mesas não é um dos melhores trabalhos, e nem paga o suficiente para aturar colegas de trabalho estressantes e os meus créditos estudantis.
Meu pai está aqui, disposto a pagar, mas a herança do vovô não é muita quanto ele faz parecer. E desde que largou o emprego de professor, não tem uma renda fixa a anos. Minha mãe paga "pensão" é claro, mas isso não vai nos sustentar. Nem se ela pagasse o dobro daria. É por isso, por saber que a minha situação financeira pode mudar de uma hora para outra, que permaneço aturando pessoas como Vincent e Jo.
Coço o queixo como um cachorro com pulgas quando Jo põe os óculos de grau para inspecionar o último vaso sanitário. Ela se afasta, se aproxima, agacha para olhar as laterais e testa a descarga pela segunda vez. A comida não é muito boa, mas o nosso banheiro é limpinho!
Em todas as cabines, Vincent, por uma hora, fez um barulhinho chato com a boca. Cloc, cloc, cloc, cloc... Me seguro para não mandá-lo fazer silêncio.
"Deveríamos enfiar a cabeça dela na privada?" Ele cochicha apenas para mim.
"No três?" Cochicho de volta.
"O que dizem?" Jo levanta de supetão, carregando o imenso casaco de pele falso consigo.
"Nada." Respondemos em conjunto como boas crianças. Bons funcionários.
Ela volta a se agachar, cheirando uma manchinha verde na parede. Torço a minha cara em um desprazer imenso, o meu colega não está tão diferente.
"Sabia que enfiavam a minha cabeça na privada no fundamental?"
Abro um sorriso, "A minha também!"
"Sério?"
"Sério!"
"Quando ela vai parar de fazer isso?" Ele cruza os braços, ainda estamos aos cochichos. "É nojento."
"Quando ela morrer. Viu o tamanho daquele caroço na cara dela?" Bato o meu ombro no seu.
"Pode ser alguma doença mortal." Vincent pensa junto comigo. "Somos deploráveis."
Sim, nós somos. Mas ela é nossa chefe chata que não paga a insalubridade, então vamos acalmar os ânimos um pouquinho.
"Não. Você que é." Retruco.
Jo levanta, segurando a manchinha verde em uma pequena bolinha na mão, "É chiclete."
