Quando o destino decide não facilitar a vida de Quinni Clark, ele vai fundo em cumprir esse objetivo. A garota em plena pressão acadêmica, a proximidade das férias de inverno juntamente com o casamento da mãe e as mentiras das duas melhores amigas...
1. Relativo a emoção. 2. Que emociona. 3. Que é muito sensível às emoções.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
"Então você é um cozinheiro em potencial?" Afirmei, observando a forma como Justin cortava as ervas.
"Você é uma cozinheira meio que em potencial, eu sou um cozinheiro no auge do potencial."
"Seu ego te faz mais bonito, mas eu ainda odeio ele."
Ele não me olhou, nós dois de pé rente ao balcão da cozinha, mas sorriu de ladinho.
"Era para eu ter feito esse macarrão antes, mas a oportunidade de cozinhar pra você nunca surgia apesar dessa vontade sempre surgir. Não costumo cozinhar para outras pessoas."
"Eu deveria me considerar sortuda, também?" Questionei. "Já que, segundo você e todas as Camilas da Grécia, eu fui a primeira a subir na garupa da sua moto?"
Daquela vez ele olhou para mim, "Mas isso é verdade. A parte de se considerar sortuda e de ser a primeira." Estreitei os olhos, suas mãos pararam de trabalhar por segundos. "Estou falando sério."
"Não sei você, mas eu senti verdade nisso." A voz invade a minha memória.
O que...?
"Terra para Quinn." Vincent estala os dedos na frente do meu rosto.
Estou sentada em uma das banqueta da lanchonete, "É Quinni!"
"Eu sei." Ele responde de imediato. "Você está tão aérea que faz dez minutos que uma mosca pousou na sua testa e você nem percebeu."
Bato de imediato na minha testa, fazendo com que o barulho do tapa pareça maior na lanchonete silenciosa.
"Rá!" A sanguessuga rir. "Tô brincando, Quinnizinha. Mas você está estranha. O seu rosto tá brilhando..."
"É oleosidade."
"Mas ao mesmo tempo parece cansada..."
"É claro, estou conversando com você."
"Então, Quinni Clark, o que fez noite passada quando um gostosão te pôs no ombro musculoso e te levou para casa?"
Solto um murmúrio de desaprovação, eu não gostaria de estar aqui olhando para essa coisa que chamam de ser humano, mas preciso comprar a comida dos meus peixinhos. Olho para o meu colega de trabalho, mas minha insatisfação não dura muito quando lembro o que fiz noite passada.
Sorrio levemente, "Ele falou em italiano para mim."
Encarei o molho vermelho fervendo na panela em cima do fogão, o cheiro bom se espalhando pelo apartamento, "Eu nunca te ouvi falando em italiano, sabia? Você deveria ser clichê e me dar um apelido na sua língua natal. Seja clichê, Justin, mas nada que envolva insetos onívoros."
