Quando o destino decide não facilitar a vida de Quinni Clark, ele vai fundo em cumprir esse objetivo. A garota em plena pressão acadêmica, a proximidade das férias de inverno juntamente com o casamento da mãe e as mentiras das duas melhores amigas...
1. Continuar o que se tinha começado. 2. Levar por diante.
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Estava sonhando com a explosão do planeta, eu dentro de uma espaçonave indo embora pelo espaço até ser acordada de supetão.
Aquele tipo nada bom de ser acordado. Como quando você jurou que iria ser apenas um cochilo de quinze minutos após as aulas, quando na verdade são três da manhã, e cá estou eu: suada, confusa, saliva seca na bochecha e cabelo desgrenhado. Não sei em que momento meu cabelo se soltou, mas sei que devo estar horrível agora.
Eu me mexo muito dormindo, sempre acordo com os lençóis no chão ou dormindo em cima do colchão sem nada.
Ergo o corpo, e a minha primeira visão em meio a escuridão é a figura alta de Justin cobrindo quase todo o mural da porta do quarto aberta. Ele está com o celular ligado na lanterna em mãos. E sem camisa. Por que ele sempre tem que estar sem camisa? Já estou confusa o suficiente sobre o que está acontecendo, e PAM! o desgraçado está sem camisa.
"Justin?" O chamo.
Ele se vira, "Você baba quando dorme."
Passo a mão na minha bochecha, limpando-me, "Eu meio que notei. O que está acontecendo?"
"A energia do nosso bloco caiu."
Está rolando uma espécie de complô Californiano para que eu não durma bem esta noite? Pois está funcionando.
"É sério?" Justin diz, mas presumo que não é comigo quando ele dá um passo para o corredor.
"Eu fui criado no ar condicionado desde quando era criança, não vou dormir aqui." É a voz de Sulli ficando cada vez mais distante. "Tem espaço na Cece para você e para a sua namorada de mentira."
"Não quero ouvir vocês transando em troca de ar condicionado." Justin responde, recebendo uma batida de porta como resposta. Ele volta para o quarto. "O Sulli foi para o bloco A, lá não caiu a energia."
"O que faremos?" Pergunto.
Olhando pela pequena janela do quarto, São Francisco continua mergulhada na escuridão. Eu não tenho nenhuma parcela de culpa nisso, mas isso não melhora em nada o fato de que, tendo ou não culpa, ainda estarei com calor. Será esse o prólogo para o dia do juízo final? Ou é só o aquecimento global?
Justin volta para a sua caminha de cachorro improvisada no chão, "Tentar dormir, eu acho."
Me deito também, retirando o cobertor de cima do meu corpo, "Falta muito até amanhecer?"
