Quando o destino decide não facilitar a vida de Quinni Clark, ele vai fundo em cumprir esse objetivo. A garota em plena pressão acadêmica, a proximidade das férias de inverno juntamente com o casamento da mãe e as mentiras das duas melhores amigas...
1. Conformidade entre o pensamento ou a sua expressão e o objetivo de pensamento. 2. Qualidade do que é verdadeiro. 3. Exatidão.
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Se eu pudesse fazer um milkshake com sabor da traição, ele viria com leite, veneno, limão e o cuspe de um velho barbudo que não escova os dentes à dias.
E de repente estou de volta para o início de tudo. Lá, bem no comecinho, literalmente no primeiro parágrafo quando Sue e Mau me contaram que estavam namorando escondidas à meses.
Lá, bem no comecinho quando reparei em Justin e na sua gangue indo na direção da lanchonete. Quando quis me enfiar dentro do banco ou da cesta de lixo mais próxima porque era melhor do que assimilar a ideia de que minhas melhores amigas praticamente não confiavam em mim e para assimilar a proposta ridícula de Justin sobre em termos um relacionamento falso.
Pensei que o sentimento seria o mesmo, mas não é. Aqui e no tempo que passei em casa, deitada em posição fetal na minha cama, compreendi e compreendo que o que estou sentindo é um trilhão de vezes pior.
A dor da vergonha foi tão grande que nem ao menos fui à faculdade nos últimos dois dias. Porque eu sei, com toda certeza, que todos já estão sabendo da porcaria do namoro falso e certamente farão chacota com isso.
E depois vem a dor do ego. Meu doce ego frágil e facilmente abalado que me fez correr para os braços do lobo. Esse lobo é a festa de Vicky e do seu cordeirinho infiltrado.
Eu confiei em Vincent e me arrependo amargamente por isso. Ele interpretou tão bem o papel de amigo que baixei minha guarda. O deixei invadir o meu espaço, cantar minhas músicas e até coloquei o lixo para fora mais vezes do que deveria só porque ele tem nojo de chegar a dez metros da lixeira.
Eu fui burra. Muito burra. Pensar nisso faz com que eu me sinta mais burra e mais triste.
Sue e Mau me ligaram, mandaram mensagens e até apareceram aqui em casa. Mas não. Eu não preciso e não precisava ver elas. Pedi para que meu pai inventasse uma desculpa qualquer e mandasse elas irem embora.
Elas visualizaram a minha mensagem, fizeram isso minutos depois de eu ter achado que iria explodir de vergonha se passasse mais dois minutos na rua, mas não fizeram nada.
O meu pedido de socorro não significou nada para elas. Com certeza acharam que era mais um dos meus dramas e continuaram a se pegar seja lá onde estavam.
Eu sei que sou dramática, eu sei que tudo que penso, falo e faço parece mil vezes pior do que na realidade. Contudo essa sou eu. Elas me conheceram assim e talvez eu vá morrer assim.
E ainda tem Justin.
E o que tem se resume a um grande e belo nada. Não há nada. Nenhuma notícia sobre ele. Ele também não me ligou, não me mandou mensagens e nem ao menos apareceu na minha casa com outro dicionário. Justin sumiu da face da terra e algo me diz que não tem nada haver com a vergonha de termos sido descobertos pela universidade inteira.