Quando o destino decide não facilitar a vida de Quinni Clark, ele vai fundo em cumprir esse objetivo. A garota em plena pressão acadêmica, a proximidade das férias de inverno juntamente com o casamento da mãe e as mentiras das duas melhores amigas...
1. Troca de palavras, conversação, diálogo. 2. Assunto sobre o qual se fala. 3. Palavreado.
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Ok, vou ignorar o corte seco do capítulo passado porque aparentemente havia chegado ao limite de palavras. Sem ressentimentos...
Irei pular para o que todo mundo quer saber ou para o que eu quero contar.
Era maio. Ou abril. Uma manhã nublada. Quer dizer, eu não lembro, não com tanta certeza se estava nublado. São Francisco conhece todas as estações do ano ao mesmo tempo em que tem o verão como o seu fiel escudeiro. O que é bom (eu gosto do verão) e ruim (não consigo aproveitar o inverno, neva muito pouco).
Os dias parecem os mesmo. Sol. Sol. Sol.
Era o último dia de aula do meu primeiro ano da escola. Eu tinha esquecido meu celular na recepção da biblioteca onde trabalhava para ganhar créditos extras. Organizar as estantes, ascender os abajus das mesas, fazer ficha dos alunos, frequência dos livros, inventários e etc...
A biblioteca estava quase vazia, ninguém queria passar o último dia de aula em meio a livros. Eu queria. Muitas vezes passei. E não. Essa não é uma história triste. Eu gostava. Eu gosto.
Então, com a cabeça abaixada procurando o pequeno aparelho entre algumas pastas e livros esperando para retornarem as suas devidas estantes, eu ergui a cabeça para a sombra que se fez presente.
"Você não pode pegar mais nenhum livro." Eu havia dito.
A presença de Justin Fontana não me causava um tremor estranho assim como Sue ou qualquer outra garota exceto Mau dizia que sentia. Ele era um cara normal. Mas vê-lo naquela forma hoje mais cedo, na forma que se vem ao mundo, foi um tanto impactante. Inesperado.
"Nem se eu quisesse. Hoje é meu último dia de aula." Por alguns segundos ele até pareceu deslocado. A sensação passou tão rápido naquela época quanto agora.
"Bom, hoje é o último dia de aula pra todo mundo." Eu retruquei, descendo o olhar novamente para os livros. Eu não entendia o que ele pretendia ali. E até hoje não consegui descobrir.
E também devo acrescentar que naquele mesmo dia minha mãe havia falado sobre o meu padrasto. Milton. Foi a primeira vez que ouvi o nome do cara e hoje cedo a segunda. Caramba, como pude esquecer do Milton? E por esse fato, adicionando o fato de que meu celular estava temporariamente sumido (alerta de spoiler: eu encontrei instantes depois) eu estava ranzinza.
Eu tinha um padrasto chamado Milton, qualquer um ficaria ranzinza com uma notícia dessas. Não vou pedir desculpas por não querer que a minha mãe siga a sua vida e seja consequentemente feliz e consequentemente esqueça a filha.
Primeiro Sue e Mau, depois Tessa. Ótimo!
"Você costuma atender os alunos com tanta simpatia ou é algo exclusivamente para mim?" A pergunta tinha um toque infantil que Justin não carrega atualmente. Aquele sarcasmo que está em falta hoje, tudo que sobrou foi o tom sério na língua de chicote.
