Capítulo 1 - A PROPOSTA

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Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 4 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data. Caso se interesse, o segundo livro dessa trilogia, da irmã dessa protagonista, será postado aqui a partir do mês que vem. Se quiser acompanhar, só procurar no meu perfil, o título é: UMA MENTIRA PARA O CEO.

Um beijo!

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A agulha está presa entre os dentes enquanto uma saia lisa contorna o corpo, abaixo de um busto marcante. O busto possui tantas pedras, que tirar o brilho da saia do vestido foi a melhor decisão, não será demais.

— A noiva deve ser o centro das atenções no seu dia, mas também, deve ser a coisa mais bela e admirável que todos verão neste dia. Ela não precisa brilhar demais, deve brilhar o suficiente e tudo nela deve se destacar, não apenas o vestido. Seu rosto, a maquiagem, seu cabelo, seus olhos, o sorriso. Pedras estarão em sua roupa para complementá-la e não a ofuscar.

Os olhos brilham diante o reflexo no espelho. O vestido de noiva veste com brilho, com simplicidade e elegância, é lindo e não a única beleza nesse reflexo.

— Você está certa. Bem melhor sem os cristais na saia, me desculpe ter discordado. Está perfeito assim.

Um leve aceno, os olhos cheios, a relutância em tirar o vestido e se despedir dele, ainda que por tão pouco tempo. Eu entendo tudo isso.

— Agora tire esse vestido e pare com essa mania de experimentar as peças das suas clientes, Sury! — Sammy, minha irmã mais velha diz aparecendo ao meu lado no reflexo perfeito do espelho, lembrando-me que não sou a noiva e que o casamento não será o meu.

— Não é mania, é meu trabalho! Em trinta segundos Elizabete Moraes vai enviar uma mensagem histérica dizendo que estou certa e é bem melhor retirar os cristais que mandou colocar na saia — desafio.

Ela abre a boca para retrucar, sei que enviou as imagens para minha cliente teimosa que insiste em ter pedras demais em seu vestido, mas o toque do seu celular, uma criança cantando desafinada, minha sobrinha, diga-se de passagem, a faz torcer o nariz, o que indica que estou certa.

Estendo a mão com um sorriso de orelha a orelha.

— Vamos, Sammy, regras são regras, chocolate na minha mão.

Ela revira os olhos, mas surge com uma trufa e a coloca em minha mão o que comprova que sabia que eu estava certa desde o início. O áudio que agora escuto é de uma Elizabete aos gritos dizendo o quanto o vestido ficou muito melhor assim. Menos cristais, mais Elizabete a ser admirada.

Tiro a peça e termino os ajustes, mandando-a para a lavanderia especializada. Retorno ao meu lado do ateliê admirando de novo as peças expostas na vitrine, os vestidos elegantes que eu mesma desenhei. Esse sempre foi o meu sonho, desenho vestidos desde antes de aprender a ler e escrever. A paixão por vestidos de noiva, no entanto, veio mais tarde, na adolescência, quando comecei a sonhar com meu próprio casamento. Eu não sabia naquela época que uma maldição pairava sobre as mulheres da minha família e seus casamentos. Não que isso teria me feito mudar de ideia, pois, aqui estou eu depois de tudo, desenhando vestidos de noiva, confeccionando-os e tornando mais belos os casamentos das outras pessoas.

Olho para o lado, para a parte de Sammy no ateliê, a parte viva dele. Sammy é uma excelente florista e dividimos uma loja num bom ponto de um bom bairro comercial. As noivas que a buscam pelos arranjos acabam me encontrando, e o oposto também acontece. Hoje em dia dividimos nosso trabalho em paz, mas quando segui o último conselho da nossa mãe e abandonei a faculdade de administração para abrir meu próprio ateliê, Sammy quase pariu outra criança, sem nem mesmo estar grávida.

DEGUSTAÇÃO - UMA PROPOSTA PARA O BILIONÁRIOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora