Capítulo 3 - O PREÇO

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Olás, amorecas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 4 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data. Caso se interesse, o segundo livro dessa trilogia, da irmã dessa protagonista, será postado aqui a partir do mês que vem. Se quiser acompanhar, só procurar no meu perfil, o título é: UMA MENTIRA PARA O CEO.

Um beijo!

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Seus lábios macios pressionam os meus e sua língua faz coisas que eu apenas havia lido em livros adultos. Parece que todo meu corpo está em chamas agora. Involuntariamente, meus braços circulam seu pescoço e seus lábios pressionam com mais força, beijando-me de uma maneira que, tenho certeza, é indecente em meio a um casamento. Quando ele vai, cedo demais, encerrar esse beijo delicioso, mordo seu lábio inferior com força.

Ele interrompe o beijo, surpreso, mas tem um sorriso divertido e seus olhos sobre mim estão diferentes agora, como se pegassem fogo. Ou talvez apenas soubessem o que aconteceria a seguir.

Flashes. Muitos deles. Pessoas gritando, perguntando, chamando por Igor. Seguranças também surgem do nada, os seguranças dele. Reconheço os que estavam no hotel naquele dia. A imprensa está aqui, percebo. Igor armou isso. Querem saber sobre o noivado secreto dele.

Levo as mãos aos lábios e começo a fazer poses, mas Igor não permite, rapidamente, me pega pela mão, escondendo meu rosto em seu peito. Como se eu quisesse me esconder! Não consigo imaginar melhor propaganda para o ateliê do que essa! Tento me desvencilhar dele para aparecer, mas ele não permite, apenas ralha:

— Fique quieta!

Sou obrigada a obedecer, afinal, é o plano dele. Consigo olhar, no entanto, Isabela em um canto emburrada, esquecida na mesa em seu próprio casamento. Eu deveria me sentir mais feliz do que me sinto agora, deveria sentir-me vingada, mas apenas sinto-me feliz. E nem é pelo sofrimento dela, é só por eu não ter sofrido como pensei que sofreria. Minha felicidade agora, percebo, é apenas pela dor que não senti.

Há um barulho alto de pás e um vento forte agitando as árvores à nossa volta, e olho para cima para ver um helicóptero pairando sobre nossas cabeças então olho para Igor em choque. Ele sorri e pisca para mim. Os seguranças nos guiam para o heliponto do buffet e saímos como astros de Hollywood, seguidos pela imprensa, de helicóptero enquanto ostento um anel de ouro branco, safira e um monte de diamantes no dedo.


— Você planejou tudo isso! — digo quando nos sentamos lado a lado no helicóptero.

— Não me agradeça, eu já disse, você pagará caro por isso.

Estou rindo, gargalhando, e Igor também ri enquanto bebe um uísque caro e desabotoa o terno, ficando mais confortável. O encontro com o tio, a quem ele chama de irmão do pai e não de tio, o deixou tenso.

— Eu fui ao casamento do meu ex com Igor Werneck como noivo, fui pedida em casamento, ganhei um anel raro e único, fui seguida pela imprensa e ainda saí de helicóptero com meu noivo lindo e rico.

Volto a gargalhar e Igor zomba:

— Eu te ofereceria um Macallan, mas acho que você já está alegre demais.

— Estou embriagada de felicidade, você já esteve assim?

— Uma única vez, mas sei do que está falando.

— É a primeira vez que me sinto assim. Como isso é bom!

— Talvez vá sentir-se assim de novo amanhã quando olhar as notícias sobre a noite de hoje — ele comenta.

Consigo imaginar as notícias. O noivado bombástico do herdeiro da Valentino's. Quem é a noiva misteriosa de Igor Werneck? De repente, viro-me em sua direção e tiro o copo de uísque de sua mão, olhando-o preocupada.

— As notícias... Igor! Vão dizer que você e eu estamos noivos.

— Obviamente, já que foi o que encenamos.

Minha boca se abre de tal maneira que penso que meu queixo tocará o colo.

— Acho que você não entendeu. Vão dizer pelo país inteiro, pelo mundo inteiro, não apenas as pessoas fofoqueiras daquele casamento.

Ele me observa com um semblante calmo, pega o copo de volta e toma um gole, tranquilo.

— O que exatamente você esperava brincando de noivado em público com alguém conhecido como eu, Sury? Pensou mesmo que essa notícia ficaria apenas entre os convidados presentes naquele casamento?

— Na verdade eu não pensei no depois. Você não se importa?

— Com o quê?

— Ser associado nacionalmente com alguém como eu. Quer dizer, não que eu seja pouca coisa, eu não sou, ok? Mas sou apenas uma estilista de vestidos de noiva que teve sorte de viver do que ama fazer. Mas eu apenas vivo disso, não tenho qualquer luxo. Você será associado a alguém inferior socialmente a você.

— Se me importasse teria sido eu a chamar a imprensa?

Um sorriso brota em meus lábios e meu coração dá uma cambalhota completa no peito. Uma tão elaborada, que atinge o estômago, tenho certeza.

— Podemos nos casar de verdade? — pergunto e ele ri.

— De jeito nenhum.

— Por que não? Você não se importa por eu não ter onde cair morta.

Ele ri mais alto.

— Mas me importo por ser maluca.

— Não se importa, não. Ou teria chamado a polícia ao invés de ir buscar o celular — defendo-me e olho pela janela, as luzes bem distantes abaixo de nós. — Como funciona essa coisa? Vai me deixar na minha casa?

Ele ri alto de novo.

— Sua casa? Você acha mesmo que tem uma casa agora?

— Como assim? Eu tenho uma casa. Você acha que a imprensa...

— Imprensa? Eu não me preocuparia com a imprensa se fosse você, Sury. Essa coisa vai te levar para onde eu preciso que você esteja agora.

Ele me olha de uma maneira tão intensa, é como uma força que me faz sentar direto no meu lugar e olhar para frente ao invés de para ele.

— E onde isso seria?

— Onde você vai fazer o que se faz depois de um trabalho tão bem feito como o meu, esta noite.

— E o que isso seria?

— O pagamento.

Engulo em seco por seu tom de voz carregado de algo que desconheço e ele me estende o resto de seu Macallan. Desta vez, eu aceito.

DEGUSTAÇÃO - UMA PROPOSTA PARA O BILIONÁRIOWhere stories live. Discover now