3 - SURY - PARTE 2

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LIVRO INCOMPLETO. DISPONÍVEIS APENAS 4 CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.

O helicóptero pousa e percebo que estamos no heliponto do hotel onde ele está hospedado e, ainda cercados por seguranças gigantes, seguimos ao décimo sétimo andar, à suíte executiva, onde tudo começou. Um sorriso de orelha a orelha está de volta em meu rosto com a ajuda do Macallan, mesmo que o segurança idoso esteja aqui e diga assim que entramos que a imprensa está na porta do hotel esperando nossa chegada.

Nossa chegada. Sammy vai surtar.

Igor troca algumas palavras com os seguranças, principalmente o idoso, que me cumprimenta com um aceno e faz uma careta para a joia extremamente cara em meu dedo, recordando-me de que preciso devolvê-la antes que tenha que vender todos os meus órgãos para pagá-la.

Estou na sala de estar da suíte de Igor observando sua estação de trabalho, que aparentemente é bastante utilizada e comento:

— Um workaholic, por que mais você não ficaria na suíte presidencial?

— Não preciso de tanto espaço, esta atende bem minhas necessidades — ele diz passando pela sala, indo até o quarto enquanto tira o terno.

Entro atrás dele, o sorriso ainda no rosto e, assim que ele olha em minha direção, vou até ele e o abraço.

— Obrigada, de verdade. Independentemente do que vá me cobrar agora, jamais poderei agradecer o suficiente. Muito obrigada.

Ele não me abraça de volta, apenas dá tapinhas leves nas minhas costas e diz:

— Você sabe que não foi um favor, foi uma proposta aceita que terá um pagamento. Não se faça de boba.

— Não estou, independentemente disso, sou grata a você.

Afasto-me percebendo que ele está desconfortável com o contato e o observo.

— Vamos, qual é o pagamento?

A primeira coisa que penso diante seu sorriso é que ele não deve ser um bom sinal. Mas bem, isso é injusto tendo em vista o quanto tem feito por mim, uma completa estranha nos últimos quatro dias. Sorrio de volta e ele diz:

— Você me fez uma proposta, eu a aceitei e cumpri meu papel. O que eu quero é algo que você também propôs como pagamento.

Franzo o cenho confusa, afinal de tudo o que ofereci ele respondeu que nada lhe interessava.

— Na verdade, a última opção que você ofereceu como pagamento — conclui.

Cruzo os braços em frente aos seios em choque, olhando-o com outros olhos de repente.

— Meu corpo? Não que eu me oponha, mas não achei que chegaríamos a isso!

Ele parece perder a cor, os olhos e a boca se abrem involuntariamente, tão chocado quanto eu, percebo.

— O quê?

— A última coisa que propus a você foi meu corpo.

— Não! Claro que não! Jesus, Sury! Eu nem sequer considerei esta como uma opção.

— Não? — pergunto confusa.

— Não! — garante energicamente.

Descruzo os braços respirando aliviada, mas observo sua expressão assustada e sinto-me ofendida.

— Por que não? Não há nada de errado com meu corpo!

— Como é?

— Por que nem sequer considerou como uma opção? E por que está tão assustado por eu ter pensado que era isso o que você queria? Não sou nenhum monstro, ok? Eu até sou bonitinha.

DEGUSTAÇÃO - UMA PROPOSTA PARA O BILIONÁRIOWhere stories live. Discover now