16 - my monsters

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O capítulo não está bem revisado, então me avisem se encontrarem erros. Boa leitura!

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⚠️ AVISO: O TEXTO EM ITÁLICO PODE SER SER SENSÍVEL PARA ALGUMAS PESSOAS. ⚠️

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Há momentos em que gostaríamos de guardar em nossa memória e não esquecê-los por nada. Arquivar todos os mínimos detalhes e reviver tudo outra vez em pensamentos. Contudo, há outros momentos que daríamos tudo para esquecê-los, são memórias sombrias; repletas de dor e sofrimento. É uma ferida aberta sem a certeza de que um dia irá cicatrizar, são traumas que nos impedem de seguir em frente e afetam diretamente o nosso presente e futuro.

Após passar três dias dopado, eu acordava tonto em minha cama. O meu corpo não possuía força nem pra levantar, a minha visão turva impedia que eu enxergasse o ambiente com clareza. Eu conseguia sentir o meu cheiro muito fracamente e era como se houvesse um vazio imenso dentro de mim. Eu não conseguia sentir o meu lobo por dias e isso era aterrorizante.

Entretanto, todas essas sensações angustiantes era o menor dos meus problemas.

Eu tentava encher os meus pulmões de ar e gritar por socorro, mas eu não possuía forças necessárias para isso. O cheiro dele estava cada vez mais perto e eu buscava uma fuga incansavelmente, debilitado em minha cama.

Meu estômago estava embrulhado e não havia nada para colocar pra fora. E então a porta do meu quarto foi aberta e o seu cheiro me paralisou, me tomou o ar por alguns instantes e me empurrou para o penhasco que era todas aquelas sensações sufocantes.

Jinhyun sempre aparecia, ele adorava me xingar e me lembrar que eu não era ninguém. Esfregar em minha cara o quanto eu era fraco e que eu nunca iria passar o meu cio com nenhum alfa.

— Esse seu cheiro horrível irá afastar os alfas, eles iram sentir nojo de você. — sua gargalhada me deixava ainda mais assustado, acuado, indefeso. — Você é podre, ninguém nunca irá gostar de você.

— N-não... — eu me debatia, agoniado com o seu cheiro e todos as suas palavras de desprezo. — Me deixe, por favor...

Eu senti um imenso calafrio quando suas mãos sujas tocaram em minha cintura com violência, cravando suas unhas longas em minha pele sensível.

— Você é feio, é gordo... — eu conseguia ouvir a sua voz em tom de repulsa, nojo. — Maldito foi o dia em que você nasceu, seu inútil.

Eu me debatia fraco em cima da cama, sentindo a minha pele arder contra as suas unhas. Eu tentei fugir do seu toque repugnante. Mas tudo o que eu escutei antes de apagar foi o barulho da porta do meu quarto sendo aberta e a voz da minha mãe muito distante.

Eu estava a salvo.

Eu me encolho na cadeira da mesa de jantar, cobrindo a minha face com minhas pequenas mãos. E choro; choro intensamente e alto, como um pedido de socorro, buscando por ajuda. Minhas inseguranças voltam com força quando eu lembro que o meu cheiro está exposto e qualquer um pode senti-lo.

— O meu ch-cheiro..., eu tenho que cobri-lo, eu pr-preciso. — eu me levanto rapidamente, tropeçando em meus próprios pés. Agitado, eu procuro uma saída, eu procuro me esconder, me ocultar. — E-eu n-não quero sentir..., não é bom.

Eu passo as mãos pelos meus cabelos, meus olhos percorrem todo o ambiente e eu ando de um lado para o outro. Tremendo, ouvindo a sua risada mal em minha mente, me perturbando. Eu estou suando excessivamente e o meu coração está acelerado, batendo sem controle dentro do meu peito.

Wedding, jikookWhere stories live. Discover now