cap 40

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Quando termino minha historia, já estou deitada em suas pernas e ela passando as mãos no meu cabelo.

Ela não fala nada por longos minutos, parece até que ela parou de respirar.

- Amélia? Tudo bem?.- já estou preocupada.

- Any, eu não consigo entender como foi que você ficou esse tempo todo guardando isso tudo só pra você, e ainda tendo que ficar sozinha.- ela para um pouco e respira fundo.- e está sozinha agora.

Viro meu rosto pra olhar em seus olhos.
Eu abro um grande sorriso.

- não estava sozinha esse tempo todo, eu tinha a sabina, e agora eu tenho você, sei que a gente não se dava bem, mas acho que agora que você sabe que eu não gosto do seu amado, nós nos daremos bem, estou certa?.- olho pra ela com olhos brilhando.

Ela sorrir pra mim.

- tem razão, você tem a mim agora, mas o que você planeja fazer?.

Levanto e volto a ficar sentada ao seu lado, olho um pouco pra ela e depois olho pro relógio em minha frente.

- você precisa me ajudar, você trabalha a muito tempo aqui?.- volto a olha-la.

- sim a algum tempo.- ela fala vagarosamente, comuna como se lembrasse alguma coisa.

- então conhece o Bailey bem?.

- sim, sou a filha da Nádia.- ela fala e se levanta, ficando de costas pra mim.

Mas antes que eu possa dizer alguma coisa ela continua.

- já que você me contou o seu segredo, acho que posso te conta o meu.- ela pra por alguns estantes e volta a falar.- eu sou a filha da mulher que criou o Bailey, então só meio que irmã dele.

Ela volta a olhar pra mim, então eu confirmo com o olhar que ela pode continuar.

- a gente cresceu juntos, mesmo ele não sentindo nada por mim, eu sentia, sempre o amei.

- já que você é irmã dele, por que trabalha aqui?.

- por que tenho os meus princípios, não é só por que a gente cresceu juntos, que vou me aproveitar disso pra viver nas costas dele, sempre quis mostra pro mesmo que poderia andar com as minhas próprias pernas, por que achava que assim conseguiria o amor dele, só que estou começando a perceber que isso nunca vai acontecer.- suas lagrimas descem pelo rosto.

Fico a olhando sem saber o que fazer, ou falar.

- mas e a kate, ela sempre vem aqui?.- preciso saber disso, sei que não é hora, mas preciso.

- sim. Ela sempre veio aqui, uma vez no mês desde quando a gente era pequeno, eu lembro que toda vez que ela vinha o deixava transtornado, a ponto de passar dias e dias sem sair do quarto, ou de sair quebrando tudo na casa.

Quando ela fala aquilo, fico sem entender nada mesmo, como assim ela vem aqui desde de sempre? O que sera que ela é dele?.

Quando eu lembro da frase que ela disse pra ele, lá no escritório.

"essa mulher que você diz que é desprezível, foi quem li deu a vida, não se esqueça que sou sua."

Então ela é alguma coisa dele, mas o que sera?.

- você sabe o que ela é dele?.

Ela pensar um pouco antes de se sentar ao meu lado, olha pra mim de um jeito estranho e sorrir.

- não sei exatamente, sempre quando eu perguntava a nádia, ela fugia do assunto, e dizia que saber disso me botaria em risco.- ela olha pra suas mãos, como se lembrasse de algo.

a safada da minha vizinhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora