cap 82

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Oiee
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30 minutos depois....

Estamos na casa do meu pai sentados no sofá esperando Bailey tirar areia dos papéis.

Desde da nossa pequena discussão no carro, eu e sabina não falamos mais nada, nem olhamos uma para a outra.

-Bom,vou ali em cima, quero perguntar uma coisa para bailey. -Não espero ela responder, apenas viro as costas e vou para o segundo andar, indo direto para o quarto de bailey. Apenas entro sem ao menos bater.

Ele vira bruscamente para olhar para trás. Ele coloca as mãos no peito e se senta na cama.

-que me matar?.- ele pergunta visivelmente assustado.

olho para baixo, segurando o riso.

-desculpa, não quis te assustar. É que preciso falar uma coisa importante com você.- me aproximo de onde ele está sentado.

Os papéis estão no chão, ainda com resquícios de terra.

-você poderia ter colocado eles dentro de um envelope, alguma coisa assim.- aponto para os papéis e volto meu olhar para ele.

Ele me olhar um pouco pensativo e passa a mão atrás da nuca.

-não tive tempo, escondi eles na pressa. Kate estava atrás de mim.- ele olhar para baixo com um expressão de dor no rosto.

Respiro fundo, procurando coragem para fazera pergunta que me atormenta a dias.

-sei que agora pode não ser a hora, mas preciso saber. Por que você fez aquela porta de segurança? Sei que você vai dizer a mesma coisa que disse antes. Que fez para alguma emergência, mas sei que não foi só para isso, tem algo mais que você não quer contar.-Ele não fala nada por longos minutos, quando estou quase desistindo ele me olha nos olhos. Seu olhar é täo triste que dar até dor no peito.

-fiz ela com as minha próprias mãos na verdade.- ele fala desviando seus olhos dos meus.

Aquilo me atinge como um tapa bem dado na cara, o que faz alguém fazer um túnel com as próprias mãos, deve ser muito desespero. Quando penso em falar alguma coisa o
mesmo continua.

-fiz para me esconder de kate.- ele fala e respirar fundo.-quando ela ia lá pra casa, ela me batia e falava coisas horríveis para mim, fiz aquele túnel any, por que estava desesperado. Não aguentava mais ser machucado por ela, não era nem as surras que ela me dava que doía e sim o que ela falava.- suas mãos estão tremendo.

-você não precisa se não quiser.- minhas palavras sai em um sussurro enquanto tento conter minhas lágrimas.

-tudo bem. Eu não tive muitas escolhas, quando ela chegava me escondia naquele buraco, antigamente era apenas um buraco que só tinha espaço para mim, quando fiquei mais velho que resolvi fazer tipo uma passagem secreta.- ele ainda não olha para mim.

-mas por que ela te odiava tanto? Como alguém pode ser tão cruel com uma criança?.-falo mais para mim que para ele.

O mesmo solta uma risada fraca e finalmente olha para mim.

-não sei, um dia ouvir ela ao telefone, enquanto a mesma falava. Ela gritava com alguém, dizendo que se não fosse pelo dinheiro que ganhava comigo, ela iria matar o meu pai e depois me matar, ela chorava descontroladamente, enquanto gritava e falava para a pessoa do outro lado da linha que ele deveria está na cadeia.- ele desvia o olhar de novo.

Só que agora ele levanta e fica em frente a janela.

-não sei o que essa pessoa fez com ela, mas era por isso que ela me odiava e descontava sua raiva em mim toda semana,- ele olha para mim e abri um sorriso triste.-eu só era um saco de pancada para ela e nunca tive chance de saber o porque dela me odiar tanto.- agora desce lágrimas dos seus olhos.

a safada da minha vizinhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora