Cap.17

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Desmontamos um pouco mais do café, e agora ele fechou temporariamente. Fiquei pouco tempo ali, mas me apeguei ao ambiente, sei que o que estamos fazendo é por um bom motivo. Mas aquele cantinho aconchegante vai deixar saudades.

Jonathan se ofereceu para ajudar, isso me deixou muito feliz, assim posso conhecer melhor esse homem com aparência de anjo, temos ficado mais próximo desde o dia que nos vimos pela primeira vez. David não gostou muito da ideia, o lado protetor dele anda falando bem alto, nada que me prejudique, ele nem se quer fala sobre isso. Mas como uma boa observadora que sou, tenho notado suas caretas quando Jonathan sugere algo, ou brinca comigo. 

Agora de tarde, David vai ajudar a tirar alguns equipamentos pesados do fundo da loja, enquanto eu e Jonathan vamos desparafusar as banquetas.

- ei Runa?

- hum?

- porque ele te chama de "Baby"?

Soltei uma risada sabendo do motivo.

- foi apenas uma brincadeira, nada de mais.

- Entendo. É bem carinhoso da parte dele não é mesmo!?

- é sim... e eu gosto. Sou do tipo de menina chameguenta... - sorri. - gosto de abraços, apelidos e também de estar sempre em contato com quem amo.

- não me entenda mal, mas é um pouco estranho um homem como ele ter esses contatos com você, sendo uma mulher e... Ainda mais sendo você, sobrinha dele. David nunca demonstrou isso por ninguém.

Soltei irritada a chave que usava para desparafusar os acentos. E o encarei feio

- pede desculpas!?

- mas Runa...

- pede desculpas!

- desculpe... Minha intenção não era te deixar assim... Eu só não acho certo, eu sou homem sei das coisas de homem.

- cara cala boca! Ele é meu tio, e não um pervertido como você tá achando.

- Runa to falando isso por que sou seu amigo... E conheço ele melhor que você.

Dei um tapa nele.

- mandei você parar, como pode achar que conhece ele!? Te conheço a duas semana, não sei se já merece esse título de "amigo" pra falar das pessoas que eu amo dessa forma! - deslizei a mão por meu cabelo sentindo a raiva subir, com as palavras dele na minha cabeça.

Eu não quero mais ouvir esses absurdos. Me levantei e sai do estabelecimento, preciso esfriar a cabeça. Andei até chegar a beira da floresta.

Logo cedo ouvir absurdos desse. David um pervertido!? Nunca. Ele relamemte é a alma mais doce que já conheci, claro, ele não é santo, mas não é o que Jonathan insinuou. Isso me deixou deveras irritada. E também muito magoada.

Não demorou muito ouvi passos se aproximar.

- Runa?

- o que você quer? Me deixe sozinha.

Ele deu alguns passos até ficar ao meu lado.

- me perdoa?

Permaneci em silêncio, pensando se relamemte deveria perdoar.

- eu não quero perder sua amizade por algo tão bobo. Eu errei, não deveria telo julgado daquela forma. Respirei fundo encarando seus olhos de forma fria.

- eu te perdo, mas saiba que não gostei de você ter julgado ele assim! Você é humano como ele, e está sujeito a erros também, então se enxerga.

- eu entendo! Desculpe...

Parentes?Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt