Cap. 22

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Assim que fechei a porta atrás de mim, linda se aproximou.

- vocês estavam brigando?

- não... eu acho... eu só pedi a ele pra arrumar uma namorada, mas, ele não quer.

- entendi... Talvez seja difícil pra ele arrumar uma namorada aqui.

- eu sei, mas ele nem se quer tenta sair de casa.

Ela respirou fundo e parou pensativa.

- David, não é um cara difícil. Isso você já deve ter percebido. O fato dele não sair de casa é um receio que ele ainda não consegue vencer... Você pode não ter percebido, mas quando você chegou, eu tenho conseguido ver aquele homão todos os dias! Antigamente eu ficava mais de semanas sem ve-lo, sem saber se estava vivo, ou precisando de algo, você entende o que quero dizer Runa!?

Ela agarrou meus ombros, me fazendo encara seus olhos sercados pelas rugas do tempo.

- a-a-acho que sim...

- você está sendo a cura para ele... Você está fazendo ele sentir vontade de viver novamente. Ele jamais teria vindo aqui está noite, se não fosse por sua causa.

Meus olhos já estavam embaçado por lágrimas. Eu julguei David sem saber o que ele realmente passou para conseguir se quer sair de casa.

- desculpe... Eu não fazia ideia do quão difícil era a cituaçao, David nunca me disse nada sobre ele, além de, ele ser um ex-militar e ter perdido um amigo. Eu nem se quer sei por que as pessoas odeiam ele. - menti esperando ouvir da Boca de linda o que eu havia ouvidoo naquela noite na sorveteria.

- talvez... Um dia vocês tenham essa conversa. Eu não posso falar, é algo muito pessoal, acho que ele deveria sentir de contar no tempo certo... E... Enquanto esse tempo não chegar, de uma ajudinha ao nosso soldado! - ela deu uma piscadela indo para o outro lado do balcão.

- e aí? - Jonhatan ganhou minha atenção, só então consegui reparar que não havia tirado o momento de algumas horas atrás da minha cabeça. A imagem do reflexo, de David me envolvendo por completo, ver seus braços fortes entorno da minha cintura, seu tronco colado as minhas costas, as coxas entorno das minhas. Eu quase podia sentir sua respiração quente na minha memória. Seu cheiro amadeirado estava empreguinando no meu uniforme - pq isso não sai da minha cabeça!? O que tá acontecendo comigo? - com Jonathan ali, consegui me desconcentrar um pouco dessas lembranças viva.

- oi!

- linda te liberou pra irmos um pouco lá fora.

Olhei pra linda que me mandou uma piscadela confirmando.

Ele segurou minha mão nos guiando até um banco de madeira que ficava próximo a uma árvore, ali ao lado do bar.

- está com frio?

- não... A noite está boa.

- sim... É... eu queria ver se por acaso você aceitaria sair comigo na sexta?

- a-a-a-a-a é cla-claro! - Pare de guaguejar Runa!

O sorriso já estampado na minha cara deveria bastar para uma confirmação.eu lutava para não pensar em David a cada palavra de Jonathan.

- eu te busco depois do serviço, pode ser?

Confirmei com a cabeça. Ele já estava tão próximo que só percebi quando a ponta de seu nariz tocou a minha.

Seu olha vagueava bobo em meus lábios, aos poucos ele começou a diminuir a distância. Será esse meu primeiro beijo? O beijo de um anjo.

O som estralado do escapamento de uma harleydaison nós fez afastar. Encarei brava a moto qua passou pigarreando.

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