𝗠𝗘𝗨 𝗜𝗗𝗢𝗟𝗢 | 𝖳𝗈𝗆 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓 [Finalizada]

Capítulo 9

Tom's version

  Acho que eu nunca tinha temido tanto a chegada de um dia, eu estava tão entregue, tão vulnerável e a mercê que era complicado, eu nunca senti isso, eu nunca me apaixonei de fato, mas se o amor existe mesmo, era aquilo que eu estava sentindo.
  Nunca havia olhado para uma mulher da forma que eu a olho, nunca havia venerado uma mulher da maneira que eu a venero, mas eu era covarde, eu não estava pronto para desapegar dos momentos carnais, não estava pronto para desapegar de todas as mulheres que eu cortejava, e isso era uma atitude de moleque.

ਏϊਓ

  Fiz amor com Mary de frente daquele espelho, era difícil já dizer quantas vezes fizemos amor e das maneiras mais explícitas e nos lugares mais exóticos possíveis, eu venerava o corpo daquela mulher, ela por completo.
  Estava na hora do show enfim, faltava pouco tempo para subirmos ao palco.
- Porque você fica sempre tão ansioso? Nem parece que sempre estamos fazendo shows. - Perguntei para Bill que não parava de andar para um lado e para o outro.
  Na verdade, não estava mentindo, acho que Bill queria que tudo saísse perfeito, por isso sempre ficava ansioso. Por um lado isso era um pouco preocupante, torcia sequencialmente para que ele não passasse seu desespero para mim. As vezes eu preferia imaginar coisas que poderiam se tornar desastrosas se ficasse ansioso, por isso sempre mantia a calma, por medo que isso de fato acontecesse.
  Faltava-se alguns minutos, e mesmo sem estar no palco conseguia ouvir vozes e gritos de fãs que não se aquietaram nem  por um instante se quer.
  Isso, eu confesso, que me motivava e me dava mais vontade de pisar no palco, para ouvir pessoas gritarem meu nome e estarem feliz com nossa presença, e pessoas que realmente curtiam nosso estilo musical.
  5 minutos e já pude perceber que Bill já estava calmo. Era fácil de perceber como ele se sentia, pelo menos para mim, talvez porque eu cresci com ele e ele seja meu gêmeo. Após os minutos acabarem estava na hora de subir no palco.
  Nos aproximamos e passamos pela multidão de fãs para subir pelo palco. Era pra ser uma entrada icônica, passar correndo pelas fãs, acenando e sendo tocado por elas e subir diretamente no palco e me posicionar para iniciarmos a primeira música. Era assim que era pra ser, e foi assim que foi. Dava pra se ouvir vários e vários gritos das garotas. Enquanto passava apenas olhei para todas e passei esticando um de meus braços para que as mesmas pudessem tocar, até subir no palco.
   Subimos ao palco e fomos em nossas devidas posições, logo pude me sentir aliviado, vi Mary ali, Jessy estava com ela.
  O Show começou eu estava dando tudo de mim naquela guitarra, o suor escorria pela minha pele, as fãs estava surtando, era e foi um dos melhores shows de nossas vidas, acredito que cada um é uma experiência nova e especial.
  Eu as vezes paro e penso que nasci exatamente para isso, eu não consigo me imaginar não sendo o guitarrista da Tokio Hotel, eu não consigo imaginar a minha vida sem estar nos palcos ao lado do meu irmão.

ਏϊਓ

  Foi uma noite inesquecível, assim que o show acabou, encontramos com as garotas em nosso camarim, Mary estava linda naquela roupa, como ficará em todas as outras.
Saímos dali e fomos para uma festa que estava acontecendo naquele momento.
— Nem tive a oportunidade de dizer, foi Incrível, todos vocês! — ela dizia me olhando nos olhos, logo dando um beijo na bochecha de Bill, Gustav e Georg, por fim ela beijou os meus lábios.
  Começamos a beber todos juntos e eu queria aproveitar aquela noite, seria a última que provavelmente passaria com Mary, sinceramente, eu não estava pronto pra isso, mas tinha que ser assim, infelizmente.
  Tiramos várias e várias fotos, eu já estava tão chapado que derrepente sumi a festa, eu estava tranquilo, até que uma garota estranha chegou pra cima de mim, e eu não resisti, eu cedi, eu a beijei, eu toquei o corpo dela, e sinceramente, a única coisa que se passava pela minha cabeça naquele instante era o quão babaca eu era, mas eu não me separei dela.
  Eu mal fazia ideia de que Mary tinha visto tudo e que provavelmente iria embora chorando para sua casa, e eu, eu não me lembraria de nada no outro dia, e ficaria me perguntando o que eu haveria feito de errado.