Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)

Capítulo 2

Ele foi avisado, não foi? Harry escolheu ignorar por completo o que o elfo estranho disse, principalmente porque o mesmo ferrou com o resto do verão de Harry, logo no seu aniversário. Também porque ele falou para Harry não voltar para Hogwarts, e isso significa viver com seus tios e seu primo. Oh, não, ele não aceitaria isso.

Mas ele foi avisado, e não pode negar isso.

Houveram sinais de que esse ano não seria calmo para ele, como se o último tivesse sido maravilhoso.

Tudo começou com o elfo doméstico, Dobby, que era algo próximo a um escravo mágico de famílias ricas. Típico de puro-sangue. Bem, o elfo invadiu seu quarto para lhe dizer que não poderia ir para Hogwarts naquele ano, mas não poderia dizer o porquê disso. E então revelou que roubou as cartas que seus amigos escreveram para ele.

Harry ficou chateado ao longo do verão por nenhuma de suas cartas para Ron e Hermione terem sido respondidas, mas ele já estava acostumado a ficar sozinho não só durante as férias. Pelo menos Duda e seus tios estavam deixando ele em paz também.

Então o elfo fez um bolo cair sobre a cabeça do novo chefe do tio Vernon, a quem o velho queria impressionar. Harry acabou sendo trancado em seu quarto por quase uma semana, que foi quando Ron, Fred e George foram de carro voador buscá-lo.

Por mais que no momento, os três parecessem seus heróis, agora ele vê que era só mais um sinal negativo. Afinal, os três cometeram vários crimes, desde roubar o carro do pai deles, até usar um objeto trouxa magicamente modificado diante de trouxas.

Harry talvez fosse mais alheio às coisas do que ele acreditava ser e por isso não notou tais sinais, mas conhecer Lockhart foi um grande sinal vermelho de que não aprenderia grandes coisas em DCAT novamente.

Aquele dia foi uma loucura com muitos baixos, apesar de rever Hermione e Hagrid finalmente. Os Weasley e ele, após o café da manhã, foram até o Beco Diagonal para comprar os materiais para a escola, foi a primeira vez que ele usou o flu, e considerando que ele parou na Travessa do Tranco, não foi a melhor das suas primeiras experiências. Ele viu os Malfoy em uma das lojas de produtos de magia das trevas, ou pelo menos coisas muito questionáveis. Ele só conseguiu fugir por causa de Hagrid.

Foi o meio gigante quem lhe contou que o local era frequentado por bruxos de índole duvidosa. Não que o Sr. Malfoy tendo criado uma criança que se tornou o Draco não precisasse de muito para provar que tinha uma índole duvidosa.

— Mas, então, por que você estava lá? — Harry perguntou para Hagrid, que-estava-andando por ali quando o encontrou.

— Procurando repelente de lesmas carnívoras — Hagrid explicou — estão acabando com a plantação de repolho.

Harry nunca tinha ouvido falar de lesmas carnívoras mas depois de descobrir que era um bruxo, pouca coisa consegue realmente chocá-lo.

Hagrid o acompanhou pelo Beco Diagonal, foi enquanto passava pelo Gringotes que ele encontrou Hermione e os pais dela. E logo depois, correndo por entre as muitas pessoas na rua, ele viu Ron, Fred, George, Percy e o Sr. Weasley indo em sua direção. Todos muito aliviados por ele estar bem, ou pelo menos intacto, quase, seus óculos ainda estavam quebrados e sua roupa cheia de fuligem de lareira. Mas Harry estava vivo e sem ossos quebrados, então era uma vitória.

— Graças a Merlim você está bem — Sr. Weasley disse segurando pelos ombros — tínhamos esperança de que você não tinha ido muito longe. Molly está desesperada.

— Eu estou bem — Harry garantiu a todos os ruivos preocupados — Hagrid me ajudou.

Depois que Hagrid contou onde Harry foi encontrado, os adultos conversaram mais um pouco. Hermione consertou seus óculos com uma magia que Harry precisava aprender.